Em carta muito AZUL, um amigo do norte enviou-me, hoje, um texto muito curioso, da autoria do transmontano Guerra Junqueiro, retirado de uma das suas mais conhecidas e apreciadas obras literárias -Pátria, escrito em 1896.
Desse texto, escrito, há 113 anos, sobre o quadro político que então se vivia em Portugal, transcrevo apenas o último parágrafo, cujo sentido me parece ter, hoje por hoje, uma gritante e triste actualidade:
"Dois partidos (...), sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes e corruptos (...) vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se amalgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, - de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar (...)"