Origens
O Documento mais antigo que se conhece data de 1 de Outubro de 1186 (o documento está datado de 1224 do calendário romano, que corresponde a 1186 da era cristã), é uma carta de doação do Rei D. Sancho I ao Bispo de Évora, D. Paio, do reguengo do Soveral, com todos os seus termos.
A doação destas terras pertencentes à Coroa era ao mesmo tempo uma forma de recompensar os nobres e a Igreja por favores prestados ao rei e de incentivar o povoamento.
A Sé de Évora viria a obter bulas papais de confirmação da posse do reguengo.
Foi no reguengo de Monte Agraço que inicialmente se desenvolveu a povoação mais importante, junto à Igreja de São Salvador e dos Paços aí erigidos pelos donatários. (correspondendo hoje sensivelmente á zona do Salvador e Cachimbos)
Soveral, seria um local ermo à data da carta de D. Sancho, sendo pela primeira vez referido como local habitado em 1512, ainda com a grafia Soveral.
Por se localizarem perto seria usual dizer Soveral em Montagraço, de onde se terá evoluído para Sobral de Monte Agraço.
O CARDEAL D. HENRIQUE E OS JESUÍTAS
Aos Bispos de Évora sucedeu o Cardeal D. Henrique, 1.º Arcebispo de Évora, como donatário de Monte Agraço.
A posse de Monte Agraço conservou-se nas mãos episcopais de Évora até à fundação, naquela cidade, do Colégio do Espírito Santo e Universidade, ambos sujeitos à Companhia de Jesus.
No ano de 1561 conseguiu D. Henrique bula de Pio IV para a união do concelho de Monte Agraço ao Colégio e Universidade, separando-o da Mesa arcebispal eborense.
Mais um tributo, genuíno, à terra onde nasci. Não esqueço, no presente (como nunca esqueci, ao longo dos muitos anos que já levo de vida), aquelas terras verdejantes e altivas, a pureza e a frescura dos seus ares, o vistoso domínio dos campos e lugares circundantes e a imponente majestade da sua localização.