Naquele ano de 1970, estavam ainda bem longe os "cursos de trânsito" que, mais tarde, e sempre de forma qualitativa crescente, viriam a proporcionar alta competência técnica ao pessoal da BT, sempre geralmente reconhecida, dentro e fora da própria Guarda. Com efeito, naquele tempo, apenas era possível dar instrução intensiva, nas poucas horas disponíveis, sobre legislação rodoviária e procedimentos a ter no acto de fiscalização, muito especialmente sobre matéria relativa ao transporte de mercadorias, tratada de forma exaustiva no volumoso e complexo Regulamento de Transportes Automóveis (RTA).
Não admira, por isso, que, um dia, uma patrulha, em serviço na estrada, tenha perguntado, via rádio, ao tal CSVSousa -já antes aqui recordado- qual o procedimento a ter relativamente a um condutor que apresentava um título de propriedade da viatura sem que o tal documento ostentasse a fotografia do respectivo proprietário. Enganos como este, registados então, foram sendo progressivamente reduzidos, graças, acima de tudo, ao empenho e amor pela causa, desde sempre manifestados pela generalidade do pessoal. E não se pense que tais enganos tinham apenas esta, ou aquela, procedência. Todos os cometeram: oficiais, sargentos e praças. Mas todos procuravam, diligentemente, corrigir os erros cometidos e aprender com isso.