José Pacheco Pereira e Marcelo Rebelo de Sousa, afamados comentadores políticos da nossa praça, nutrem, ambos, um especial ódio de estimação ao nosso Primeiro, cada um à sua maneira, claro está. Na superliga do ódio, um estaria em primeiro lugar e o outro em segundo, isto é, ouro para um e prata para o outro. Resta saber a razão desta hostilidade assanhada, tanto mais que ambos perfilham os mesmos ideais políticos e até pertencem ao mesmo partido. Será por isso mesmo? A verdade virá, um dia, ao de cima, certamente, como o azeite. Então se saberá.
7 de Março de 2005
CANTAM OS PASSARINHOS
Há cerca de três meses, Pacheco Pereira fixou um objectivo para as "suas tropas", no Abrupto: derrubar Santana Lopes e, mais ainda, levá-lo ao "tapete". Foi bem sucedido, como se sabe.
No blog onde, antes, dia após dia, chispavam morteiradas, ouvem-se, agora, os passarinhos a cantar, as águas do ribeiro a correr suavemente e as badaladas de um sino distante cantando a Deus.
JPP anda agora a visitar tudo quanto é biblioteca, exalta livros antigos sobre os mais diversos assuntos (não políticos, claro!) e, quando o interrogam sobre as cinzas que ficaram no campo de batalha, assobia para o lado e diz que nada tem a ver com isso.
Fechou o frasco do veneno (isto é, guardou as armas nas arrecadações) e espera, seraficamente, que o antigo Bispo de Setúbal proponha a sua beatificação.
Hoje, depois de ouvir Pacheco no último programa da SIC, em que ele se exibiu de forma angustiante, deitando chispas pelos olhos e ódio fedorento por entre os dentes, cada vez que proferia o nome de Santana, repito o que disse então, certo de que estou a fazer agora uma apreciação tão correcta como antes.