O meu estimado compadre alentejano já não vem ao PIRUÇAS há longos meses fazer os seus pertinentes comentários e lançar palpites, a propósito de tudo e de nada. Porquê? Simplesmente porque andou a frequentar, numa universidade estrangeira, um moderníssimo "curso de palpites" (isso mesmo!), cuja licenciatura agora terminou, com alta classificação. Com o canudo na mão e já instalado, de novo, na sagrada terra de Portugal, apressou-se a enviar-me um dos seus primeiros trabalhos sobre "palpites", uma das especialidades da sua recente licenciatura. É esse trabalho que, com a devida vénia, seguidamente transcrevo.
"Anda agora, por aí, uma grande turbulência na sociedade portuguesa, a propósito da catrefa de estudos que o governo encomendou a um batalhão de boys ", tendo em vista coisa nenhuma, ou, melhor, sacar dinheiro ao zé povinho", de qualquer maneira/feitio. O objectivo dado à rapaziada dos boys " foi só este: diminuir a despesa pública, DIMINUIR A DESPESA P Ú BLICA , D I M I N U I R A D E S P E S A P Ú B L I C A!!!!!!!
Aguns resultados já estão à vista. É o caso tão sensível da "segurança pblica ", por exemplo. Na verdade, segundo as "fontes ligadas ao processo", está prevista uma simples mudança de nomes e de organização das forças desta área de actividade, criam-se mais uns "muito necessários" postos para altas patentes das FA e deixa-se ao abandono, mais uma vez, quem mais carece de protecção e de segurança: as aldeias e as vilas do interior do país. A chamada "reestruturação" das Forças de Segurança começa no cimo da pirâmide e quando, envergonhadamente, se chega à aldeia da minha freguesia, já não há pano para as mangas. Isto é: quem quizer segurança, muda-se para a cidade mais próxima.
Espera-se, ao menos,que algumas qualificadas turbulências que se ouvem a este respeito injectem bom senso nos responsáveis políticos e os levem a alterar apenas o que deve ser alterado e não a mutilar -para não dizer destruir- Instituições cujo passado, ao serviço dos portugueses, deve ser minimamente considerado e respeitado.
Que não se copie, cegamente, um qualquer modelo de outro qualquer país. Por uma vez, inventemos, nós próprios, a nossa própria organização -com boa atenção às "modernidades" do tempo novo que aí está, mas com preocupado respeito pelas nossas próprias características nacionais."