Receando -digo eu- não suportar as dores nas mãos eventualmente provocadas por "dar as mãos à palmatória" no assunto em questão -a extinção da BT/GNR- , o ministro Pereira preferiu refugiar-se em justificações esfarrapadas, pouco racionais e, acima de tudo, incoerentes, proferidas, hoje, em acto público, na cidade de Guimarães.
Eis algumas:
«Nós não voltamos ao passado quando encaramos soluções de futuro. Aquilo que hoje está em cima da mesa é fazer o balanço de cerca de dois anos de actividade da UNT e mudar tudo o que for necessário para responder às necessidades de fiscalização»,...
... caso seja «necessário», a UNT «terá as adaptações todas que a experiência tem ditado para responder cada vez melhor às necessidades de fiscalização».
«Chegou a hora de fazermos um balanço ao funcionamento dessa UNT e introduzirmos todas as alterações de funcionamento que forem necessárias» que a BT «foi extinta» e que o Governo «não vai voltar atrás».
«O que nós queremos é, com base na existência da UNT, ter a dimensão e os procedimentos necessários e desempenhar um papel cada vez mais actuante na fiscalização da circulação rodoviária»,...
Reconhecer o erro praticado e, por via disso, emendar a mão no tempo certo é, para além do mais, Senhor Ministro, um acto de nobreza e de bom carácter.