PIRUÇAS

Agosto 18 2009

Filosofia imaterialista

 

"Berkeley aceita o empirismo de Locke mas não admite a passagem dos conhecimentos fornecidos pelos dados da experiência para o conceito abstrato de substância material. Por isso, e assumindo o mais radical empirismo, Berkeley afirma que uma substância material não pode ser conhecida em si mesma. O que se conhece, na verdade, resume-se às qualidades reveladas durante o processo perceptivo. Assim, o que existe realmente nada mais é que um feixe de sensações e é por isso que ser é ser percebido. O que está em xeque não é a negação do mundo exterior, mas sim o conceito fundamental, desde Descartes, de uma idéia de matéria como constituinte de tudo o que é e que fosse diferente da substância pensante. Para fugir do subjetivismo individualista (pois tudo que existe somente existiria para a mente individual de cada indivíduo), Berkeley postula a existência de uma mente cósmica que seria universal e superior à mente dos homens individuais. Deus é essa mente e tudo o mais seria percebido por Ele (de modo que a existência do mundo exterior à mente individual e subjetiva do homem, estaria garantida)."


Hoje, levado (quem sabe?) pelos fortes calores deste verão, dei por mim a "navegar" numa de filosofia -era só o que me faltava agora, com a bonita idade que tenho!!!


A páginas tantas, de solavanco em solavanco, aparece-me o texto que acima transcrevi, sobre um tal de Berkeley, meu distante conhecido da adolescência liceal. Foi um golpe fatal, na minha habitual tranquilidade de espírito, porque só ao fim de boas horas é que consegui apaziguar o empirismo de uns com o imaterialismo de outros. Só, então, voltei, finalmente, à realidade cinzenta dos homens comuns.

publicado por poleao às 08:18

TÃO LONGE DO MUNDO E TÃO PERTO DE TUDO
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