Já é sobejamente conhecida a lentidão da Justiça, em Portugal.Ao que parece, porém, a coisa pode vir a piorar, daqui para a frente, caso pegue a moda de os Juízes, depois dos julgamentos, promoverem conferências de imprensa.
Já é sobejamente conhecida a lentidão da Justiça, em Portugal.Ao que parece, porém, a coisa pode vir a piorar, daqui para a frente, caso pegue a moda de os Juízes, depois dos julgamentos, promoverem conferências de imprensa.
Recebi este texto, de mão amiga, que me diz ser a tradução de um artigo recentemente publicado num jornal espanhol, a propósito das próximas eleições europeias. Com a devida vénia ao seu autor, aqui o reproduzo, na íntegra, com um sentimento crescente de perplexidade e de desânimo no futuro desta imparável globalidade.
"Ser incluído na lista do seu partido para concorrer às próximas eleições europeias de 7 de Junho é um tacho? Julgue você mesmo. Os 736 eurodeputados, que venham a ser eleitos [dos quais, 22 são portugueses], desfrutarão de um novo estatuto que regulará os direitos e condições laborais de suas europeias excelências.
O regulamento unifica os salários: 7.665 euros para todos. (...) Cada dia que suas excelências passem a trabalhar em Bruxelas ou Estrasburgo (sedes do Parlamento Europeu) terão direito a 241 euros de subsídio. E não se esqueça que a sua semana laboral é de segunda a quinta.
Secretários particulares
O artigo 21 do Regulamento estabelece que "os deputados terão direito à assistência de colaboradores pessoais livremente escolhidos por eles" e que "o Parlamento suportará os gastos reais ocasionados pela contratação dos referidos colaboradores", o que reitera a possibilidade, que já sucede, dos políticos contratarem cônjuges, amigos ou familiares.
Outro ponto estabelece a idade da reforma. Têm direito a aposentar-se aos 63 anos. Quando o fizerem beneficiarão de uma pensão vitalícia. A pensão ascenderá a 3,5% de cada salário por cada ano completo de mandato [17,5% do salário de 7.665 euros pelo mandato de cinco anos, o que corresponde a 1.241 euros], mais um duodécimo desse valor por cada mês completo adicional. Esta pensão é complementar de outra qualquer."
Em carta muito AZUL, um amigo do norte enviou-me, hoje, um texto muito curioso, da autoria do transmontano Guerra Junqueiro, retirado de uma das suas mais conhecidas e apreciadas obras literárias -Pátria, escrito em 1896.
"Dois partidos (...), sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes e corruptos (...) vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se amalgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, - de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar (...)"
Elisa Ferreira diz que tudo fará para que o Porto seja uma cidade onde as pessoas se sintam bem. Apela a uma grande mobilização em torno da sua candidatura. E promete que só vai ao Parlamento Europeu "dar o nome".
Apesar de pouco antes ter referido que está "a tentar nem sequer fazer muitas críticas", Elisa não resiste mandar algumas indirectas a Rui Rio. "Pintaram os bairros, mas esqueceram-se de vos dizer que o dinheiro é do Estado, é do PS", diz.
É lisa, muito lisa, mesmo!!!!!!
Salta aos olhos de todos a azáfama de obras públicas, a cargo da Câmara Municipal, que vai pela Freguesia de Oeiras, onde resido há mais de trinta anos. Provavelmente, também nas restantes áreas do Concelho isto acontece. Muitas destas obras são de pequena monta financeira e de curta duração, mas atingem, como se adivinha que é desejado, um notável efeito social.
Dizia-me, há pouco, um meu vizinho que as eleições deveriam realizar-se todos os anos -num ano as legislativas, no outro as autárquicas. Eu concordo com ele.
Diz-se que ouvir música e canções, das quais se gosta, faz bem à saúde física e do espírito. Será isto verdade?
Não sei explicar porquê -nem a explicação é, afinal, necessária- mas ouvir este cântico, como tantas vezes ouço, enche-me a alma de fortes emoções.Agora, mais uma vez!
O dia era de festa, pelo 98º aniversário da instituição, e até contou com a presença do primeiro-ministro e do ministro da Administração Interna, na cerimónia oficial em Belém mas o comandante-geral da GNR não se ficou ontem pelas palavras de ocasião e criticou o Governo pela a nova Lei Orgânica da Guarda, em vigor desde o início deste ano.
"Não tenho dúvidas de que, quem pensou e estabeleceu o novo modelo, o fez com o objectivo de aumentar índices de eficácia da nossa acção (...), mas a implementação da Lei Orgânica não foi, nem é, ainda, fácil. Ao reduzir os níveis de chefia e direcção, mudar relações de comando, modificar circuitos logísticos e operacionais, criar novas Unidades (...) alteraram-se os equilíbrios internos consolidados ao longo de dezenas de anos", afirmou o tenente-general Nelson Santos.
O comandante-geral disse ainda que "as consequências no funcionamento da Guarda foram significativas e o completo ajustamento a uma nova orgânica demorará algum tempo a sedimentar".
Poderia o Comandante-Geral ter dito mais, sobre o "novo modelo" e sobre quem o "pensou"? Ontem, ao ouvi-lo, eu disse que sim, que poderia e, talvez, que deveria. Hoje, esfriado o ânimo, concordo que não poderia, nem deveria, ter ido muito mais além, naquilo que disse -dadas as circunstâncias especiais do tempo que passa. Espera-se, entretanto, que os ouvintes/governantes, presentes, saibam entender o verdadeiro significado da mensagem do Comandante-Geral e actuem, em tempo e em conformidade com ela, ao menos minimizando os estragos que o "novo modelo" está e vai continuar a causar, isto é, corrigindo, sem tibiezas, o que deve ser corrigido.
Recordo, a propósito, o seguinte texto, que aqui deixei, em 27 de Março último: