PIRUÇAS

Junho 25 2008

«O País está diferente e melhor», disse José Sócrates esta quarta-feira, durante a apresentação do estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE), que analisou Portugal.

 

Comentário do meu tio Anacleto:

 

Pois, pois!!! Melhor...no pior!!!!!!!

 

Desde que deixou de fumar, o PM deu nisto: volta tudo do avesso!!!!!

publicado por poleao às 22:36

Junho 20 2008

 

O EURO 2008 já lá vai. Ou já se foi, ou era uma vez. Foi uma pena. É uma pena.

 

O  "sábio" Scolari já lá vai, também. E ainda bem. Bem vistas as coisas, não faz cá falta nenhuma. Viveu à grande e à francesa, às custas do regime social do nosso futebol, acabou a responder aos jornalistas, numa conferência de imprensa, com jocosos "sim" e "não" (se fosse um seleccionador lusitano, os "senhores" jornalistas caiam-lhe em cima, em defesa da honra!!!) e, no fim de contas, não ganhou NADA, enquanto por aqui andou, em vida de alta roda. O que ele fez (ou melhor do que ele fez) teria feito outro qualquer treinador nacional e, certamente, por muito menos dinheiro -dinheiro que sempre serviu de farol, como ainda serve, para todas as movimentações do "sábio".

publicado por poleao às 15:57

Junho 18 2008

Um excerto de uma reportagem do Expresso, publicada na edição de 13 deste mês:

 

"Irina Lopes é a melhor aluna do curso de oficiais da GNR da Academia Militar, numa arma masculina por excelência, a de Infantaria. Tem média de 14,1. É a primeira vez que tal acontece. É a voz de comando no feminino. “Nada me assusta. Sei exactamente o que me espera nas ruas. Quando me alistei sabia isso”. O tom doce da voz contrasta com a determinação nas palavras. Irina, 26 anos, 1,61 metros, 55 quilos, surpreende num mundo de cabelos cortados à escovinha e botas grossas.
A voz de comando sai-lhe suave mas ao mesmo tempo firme o suficiente para fazer os 26 colegas de curso girarem sobre as botas, empunharem as espadas e alinharem os corpos hirtos na formação. Irina verifica se está tudo como mandam as regras. Da varanda das instalações de comando, Irina e a sua “tropa” estão a ser apreciados pelo comandante e segundo comandante da Escola Prática da GNR, em Queluz, onde a turma está a completar o último ano do curso."
 
Um único comentário, que é, afinal, um voto:
 
Parabéns e boa sorte, Irina!!!
publicado por poleao às 22:06

Junho 17 2008

Diz-me o meu tio Anacleto que, lá por cima, nas Beiras profundas,  anda a circular, por montes e vales, uma versão política, segundo a qual o PLANO B do Partido Socialista, para tentar manter a maioria absoluta, nas próximas eleições legislativas, consistia em levar à liderança do PSD  -como levou-  a drª Manuela, porque ela é "padrinha e madrinha" moral do PREC actual, gerido pelo PS. 

 

Não será tanto assim, ou será mesmo assim, mas não tanto?

publicado por poleao às 22:40

Junho 12 2008

Do blog Pegadas do Espírito, tomo a liberdade de transcrever, com a devida vénia, o seguinte post, hoje  publicado, de muito elevada qualidade -na minha apreciação- tanto na forma, como na substância.

 

PODERES ANÓNIMOS APODERAM-SE DA DEMOCRACIA E DOS GOVERNOS
Novo Carro Eléctrico Português


António Justo

Gerentes de multinacionais, políticos das primeiras filas, jogadores das sociedades de acções e um estado reduzido à dimensão de Judas preocupado com a bolsa dos impostos, actuam como as pragas bíblicas dos gafanhotos que de tempos a tempos invadiam os campos do povo e os desbastavam com a sua voracidade indomável deixando atrás de si o desconsolo e a desorientação. O povo sofre a nível mundial. Em 1960 20% da população mais rica do mundo tinha um rendimento 30 vezes maior que o dos mais pobres. Em 1995 o rendimento dos mais ricos tinha aumentado para 85 vezes mais.


Os energúmenos cartéis internacionais da energia, os cartéis ideológicos e do poder, reduzem o ser humano a presa. O petróleo sobe constantemente nas bombas de gasolina e com ele o preço dos produtos transportados e gerados à custa de energia. O mesmo se dá com o gás, a electricidade e os produtos alimentícios. Os preços tornaram-se astronomicamente simbólicos não correspondendo ao seu valor real. O gasóleo que é um produto de terceira qualidade, em relação à gasolina, chega mesmo a ultrapassar o preço desta.


A indústria automóvel constrói carros com consumo de gasolina mais reduzido mas logo a gasolina é subida de maneira a, multinacionais e Estado, compensarem, com a subida do preço de combustível, o que perderiam com a redução de consumo.


A política desobriga-se, perante um povo também ele anónimo mas ainda sensível às palavras, promovendo actos de fé na ecologia e na defesa do ambiente. O paradoxo da situação está em o negócio florescer melhor com uma natureza doente e um cidadão precário. Os Governos não promovem o razoável para o povo e para a defesa da natureza. Limitam-se a acantonar-se na defesa do status quo pernicioso, desviando as atenções dum povo clientela com responsórios de ocasião. Jogam às escondidas falando de energias alternativas, de CO2 e de modernização criando no povo esperanças e motivação para aguentar maiores cargas e sacrifícios. Não ousam a resistência às sociedades anónimas nem ao ditado do hábito rotineiro. Naturalmente que os políticos se encontram sobrecarregados com um sistema que pressupõe forças sobre-humanas para o dominar. Para isso seria necessária a mudança de mentalidade de todo o povo. O Estado não pode limitar-se à função de impedir a violência dos pequenos, considerando tabu a dos grandes.

 

 

Novo Carro Eléctrico Português

Numa reportagem da televisão SIC, sobre a Escola Superior de Tecnologia de Viseu, foi apresentado um carro com capacidade regenerativa. Os finalistas do curso de engenharia transformaram um carro comum num carro do futuro. Este carro, com motor movido a electricidade (15 Quilovolts), significaria uma revolução nos orçamentos familiares. De facto o veículo é bastante potente e movido a energia eléctrica gastando apenas 1,20 Euros de energia em cem quilómetros.


Será que uma iniciativa cívica ou o Estado se interessarão por esta tecnologia ou deixarão que as petrolíferas com a indústria automóvel comprem a patente para ser impedida a produção e comercialização de tal veículo?


O governo engoliu e ficou mudo. Certamente que um cidadão com um carro a carregar as baterias na ficha de electricidade de casa não cabe no seu conceito de Estado para quem a sociedade humana ainda não existe. É melhor viver da administração da “apagada e vil tristeza” do factual ordinário. O Estado perdeu de vista o cidadão.


As Novas Tecnologias não interessam ao Negócio da Energia fóssil

Como se pode ver pelas notícias da imprensa, em 1996 a General Motors produziu os primeiros automóveis eléctricos (EV1) que em 9 segundos aceleravam dos 0 ao 100 Km/h. Eram silenciosos e não precisavam de tubo de escape. Eram recarregáveis com energia eléctrica em casa. Postos em circulação na Califórnia, eram alugados continuando propriedade da empresa. Findo o prazo do contrato, esta não renovou mais os contratos apesar do interesse manifesto dos utilizadores.


Em 1997 a Nissan apresentou o modelo ecléctico Hypermini, tendo a Câmara Municipal de Posade (Califórnia) adoptado este veículo para os seus empregados. Em Agosto de 2006 expirou o contrato de aluguer e a Nissan recusou-se a prolongá-lo ou a que a Câmara comprasse as viaturas. Preferiu destrui-las. Em 2003 a Toyota produz o veículo eléctrico RAV4-EV. Também neste caso, em 2005 expiraram os contratos de aluguer não tendo sido prolongados. Os lobbies das companhias petrolíferas não querem, ganham mais com a guerra e com a poluição.


Preferem os carros híbridos com bateria interna eléctrica porque, no fim de contas, gastam tanto como os carros convencionais.


O problema é que com eles, a América, o Japão e a União Europeia não podiam meter a mão tão funda no bolso do consumidor. A socialização da energia solar foto-voltaica também não lhes interessa, a longo prazo, porque o consumidor se tornaria independente das multinacionais monopolistas da energia e do Estado. Este porém certamente que logo compensaria a perda de entrada de impostos com a alternativa de nacionalizar o sol, submetendo-o a um imposto a pagar pelo cidadão!


O Tipo Cidadão Cliente

Somos geridos por poderes anónimos que transformam os governos em bonecos. Estes bem esperneiam mas até agora em vão.


Os seus detentores vivem melhor das palavras e dum povo proletário na impossibilidade de resistir. O progresso quer um povo desenraizado dos biótopos naturais, um povo citadino acorrentado já não à natureza mas às cadeias do poder.


Substituíram as paisagens naturais pelas paisagens ideológicas e pela propaganda consumista reduzindo o povo a massa e o cidadão a cliente em que os produtos se tornam os únicos factores de identidade. O cidadão cliente vive assim da mais valia simbólica e emocional. Tornou-se acomodado, incapaz de resistir, porque se encontra aquartelado nos bairros dos prédios altos das cidade e das pressões factuais faltando-lhe, por isso, a terra debaixo dos pés para se poder afirmar autonomamente.


O povo vive incomodado mas os Estados e os Partidos ainda vão vivendo bem, uns do encosto às multinacionais os outros do encosto ao Estado. Em segredo os Governos parecem esfregar as mãos de contentamento com cada aumento de preço dos produtos. Então os impostos jorram nas caves ministeriais.

 

Vive-se num estado de anarquia económica e de servilismo político em que nada é normal.

A corrupção organizada oficial e oficiosa cria uma atmosfera apocalíptica. A virtude, como centro de dois extremos, deu lugar ao vício dos extremismos. Tem-se a impressão que a democracia não consegue já manter as bocas democráticas que criou. A Praga dos Gafanhotos vive da Mentira da Defesa do Ambiente


Instala-se cada vez mais uma cultura parasitária que vive de rituais do pensamento e da liturgia da propaganda que se tornou o ópio do povo no controlo do consciente e inconsciente na estratégia de implementação duma consciência proletária consumista.


Assim o povo, vislumbrado pelo brilho dos medos, distraído e desorientado com a desinformação instalada, acabrunha-se perdendo a capacidade que fez dele homem/mulher: a capacidade de reflectir e resistir.


António da Cunha Duarte Justo
 

publicado por poleao às 21:21

Junho 05 2008

O MOSTRENGO

 
O mostrengo que está no fim do mar
Na noite de breu ergueu-se a voar;
A roda da nau voou três vezes,
Voou três vezes a chiar
,


E disse: «Quem é que ousou entrar
Nas minhas cavernas que não desvendo,
Meus tectos negros do fim do mundo?»
E o homem do leme disse, tremendo:


«El-Rei D. João Segundo!»
«De quem são as velas onde me roço?
De quem as quilhas que vejo e ouço?»
Disse o mostrengo, e rodou três vezes,


Três vezes rodou imundo e grosso.
«Quem vem poder o que só eu posso,
Que moro onde nunca ninguém me visse
E escorro os medos do mar sem fundo?»


E o homem do leme tremeu, e disse:
«El-Rei D. João Segundo!»
Três vezes do leme as mãos ergueu,
Três vezes ao leme as reprendeu,


E disse no fim de tremer três vezes:
«Aqui ao leme sou mais do que eu:
Sou um povo que quer o mar que é teu;
E mais que o mostrengo, que me a alma teme


E roda nas trevas do fim do mundo,
Manda a vontade, que me ata ao leme,
De El-Rei D. João Segundo!»

 

Não sei bem porquê (bem lá no fundo, talvez que eu saiba mesmo!), mas este belo poema, de Fernando Pessoa, saltou-me, hoje, da memória. Já o reli, agora, mais do que uma vez e ouço sempre, em cada leitura, o mesmo sinal de alarme -estridente e ensurdecedor.

publicado por poleao às 18:15

Junho 04 2008

 

 

Com este título -"OS HERÓIS DO REGIME"- ,  Baptista-Bastos escreve, no DN de hoje, um excelente artigo, sobre a forma como os nossos OCS, nomeadamente as televisões, trataram (e continuam a tratar) a preparação da nossa selecção para o Euro 2008. Reproduzo, apenas, os três seguintes parágrafos, bem suficientes, a meu ver, para se aquilatar de todo o exagero desenfreado que, sobre este assunto, por aí vai:

 

"O alarido em torno da selecção nacional de futebol chega a ser indecoroso. No último domingo, então, o caso foi ameaçador: as três principais estações de televisão consagraram horas e horas à viagem dos futebolistas entre Viseu e Neuchâtel.

 

Gilberto Madaíl, esse homem fatal, sempre insaciado de banalidades, assertoou uma série de dislates, com o ar grave de quem vai influir nos destinos da Pátria. Scolari, místico, iluminado por todas as Imaculadas, às quais costuma rezar com transporte e fervor, declarou a sua eterna gratidão a um povo tão ligado àquele grupo de "heróis", e tão estremecido quando a Bandeira é içada e A Portuguesa entoada com as estrofes trocadas.

 

Marcelo Rebelo de Sousa, professor de múltiplos interesses e ávidas curiosidades, pediu desculpa aos seus "amigos intelectuais", mas Portugal devia mais a Cristiano Ronaldo e a outros - do que não se sabe a quem, porque não esclareceu. Esperava-se, de Marcelo, um outro modo de ver, um ponderado rogo de reflexão, um trémulo apelo ao bom-senso. Com a convicção vigorosa que se lhe reconhece rojou-se aos pés dos seleccionados, ao mesmo tempo que ironizou das opiniões daqueles, manifestamente hostis ao empreendimento de imbecilização. Ao contrário de Rui Santos, jornalista especializado em futebol, que se não coibiu de criticar o exagero do circo, chegando a designá-lo como "alienação"."

 
 
 
publicado por poleao às 18:20

Junho 04 2008
 
 
Diz a imprensa de hoje que os  meses de Verão vão ter 0,5 graus Celsius acima da média.



As previsões meteorológicas para os meses de Junho, Julho e Agosto, em Portugal continental, apontam para menos chuva e temperaturas ligeiramente acima da média, atendendo aos últimos 25 anos, segundo dados do Instituto de Meteorologia (IM).

A subida de temperatura deverá ser registada mais a Centro e Sul de Portugal continental.

O ano passado, a temperatura média em Junho foi de 18,78 graus Celsius, em Julho de 21,58 graus e em Agosto de 21,77 graus.

Em 30 anos, entre 1971 e 2000, a média da temperatura média diária de Junho foi de 19,43 graus Celsius, em Julho de 22,17 graus e em Agosto de 22,15 graus.

A previsão a médio prazo fornecida segunda-feira pelo Instituto de Meteorologia para Junho, Julho e Agosto refere um aumento ligeiro da temperatura e um Verão mais seco. Esta comparação tem por base os últimos 25 anos.
 
Tinha razão o meu tio Anacleto quando me garantiu, há dias, que "isto" vai aquecer.

 
publicado por poleao às 11:05

TÃO LONGE DO MUNDO E TÃO PERTO DE TUDO
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