PIRUÇAS

Janeiro 31 2008
LINHAS DE TORRES
No início do Século XIX, no contexto das Invasões Francesas, é erguido em Portugal um sistema defensivo que constitui hoje um valioso património Histórico-militar – as Linhas de Torres – cuja importância é reconhecida não apenas a nível local e nacional, mas também internacional.

 Após as invasões francesas de 1807 e 1809, no Outono de 1809, após a derrota dos Franceses, e porque se previa nova invasão, Lord Wellington organizou a defesa de Lisboa. Cercou a capital por três linhas fortificadas, reforçando assim os obstáculos naturais do terreno. Assim nascem as conhecidas Linhas de Torres.
As obras tiveram o seu início em 1809 e terminaram em 1812, já quando as tropas do Marechal Massena se haviam retirado. Foram dirigidas primeiro pelo tenente-coronel Fletcher, depois pelo capitão Jonh Jones.
A primeira linha ia desde a margem do Tejo, em Alhandra até à foz do rio Sizandro, no Concelho de Torres Vedras, passando por Arruda dos Vinhos e Sobral de Monte Agraço, tendo cerca de 50 Km.

Tinha como fortes principais Alhandra, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras. Para além destes, tinha um conjunto significativo de outros fortes de menores dimensões localizados em pontos estratégicos de modo a que todos os pontos altos ficassem guarnecidos.

No Concelho de Sobral de Monte Agraço as obras defensivas então construídas foram as constantes do quadro seguinte.

A numeração apresentada no quadro corresponde à referida pelo Capitão J.T. Jones em 1829
.

 
Nª DA OBRA NOME LOCALIZAÇÃO
CAPACIDADE(Nº DE MILITARES)
Nº DE PEÇAS DE ARTELHARIA

11

Moinho do Céu

 Serra de Pé do monte

 300 

 4

13

Forte de
Caneira

 Serra de Caneira

120

 2

14

 Forte Grande

 Serra de Montagraço

 1590 

  25 

15

Forte do Trinta 

Serra de Montagraço 

 460

 7

16

 Forte do Simplício

 Serra de Montagraço

 250

 4

17

 Forte do Machado

Serra de Montagraço 

 300

 8

151

 Forte da Patameira

 Patameira

 300

 -

152

Forte Novo

 Perto da Serra de Montagraço

 250

 6

 

Para a construção desta grande obra, contribuiu de forma decisiva o empenho das populações, que tiveram de abandonar as suas terras para trabalhar nela, sacrificando também casas e haveres, na medida em que foi posta em prática uma política de terra queimada e desertificação a norte das linhas, o que provocou a deslocação para dentro desta de muitos habitantes numa área considerável. O esforço, e também o sigilo mantido pelo Povo que nelas trabalhou, foi fundamental para o seu sucesso.
publicado por poleao às 11:52

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