Estas são a capa e a contracapa de OS MEUS CONTOS, da autoria do Coronel Reformado da GNR José de Almeida Coelho, falecido em 26 de Janeiro deste ano. Uma edição em boa hora assumida pela Revista da Guarda Nacional Republicana, onde o Zé Coelho deixou, em primeira mão, os seus contos. O Coronel Coelho ingressou na Guarda em Outubro de 1962, passando à situação de reforma em 11 de Dezembro de 1995. Mais de 30 anos a servir, devotadamente e honradamente, a GNR, em todos os patamares de comando. Desempenhava as funções de Chefe da 1ª Repartição do Comando Geral quando, pela idade, foi obrigado a passar à reforma.
Numa breve introdução aos Contos, escreve Alexandra Coelho, sua filha:
"Do meu pai herdei o sentido de responsabilidade, a organização, o respeito e a disciplina. Valores que já não encontro.
A independência, o querer mais, a capacidade de dar a volta e a habilidade de brincar mesmo com lágrimas nos olhos. Características que fazem de mim aquilo que eu sou.
Nós, eu, o meu irmão e minha mãe, privámos de perto com valores militares que vão estar sempre presentes nas nossa vidas, pois somos testemunhas da paixão incondicional que o meu pai dedicou à sua carreira e da entrega total "aos seus homens".
Todos estes valores vão me acompanhar pela vida fora, assim como a saudade do militar, do homem, do companheiro, do amigo, do meu PAI."
Ao trazer aqui a memória de um grande militar da GNR, igual a milhares de outros, espalhados de norte a sul de Portugal, mais me sinto ofendido com o que recentemente disse, publicamente, sobre os homens da Guarda, o senhor Inspector Geral da Administração Interna. Não o terá feito, certamente, por maldade. Mas a verdade é que disse o que disse e o que disse ofendeu a esmagadora maioria os Zés Coelhos que servem hoje e serviram ontem a Guarda e o País.
Bem haja, Zé Coelho, pelo exemplo que deixaste -aos teus e a nós todos.