Num bonito postal ilustrado, com fotografia e tudo, da serena cidade de Beja, o meu estimado compadre alentejano dá-me esta notícia, em primeiríssima mão:
Não acho nada, amigo compadre. Nada. Ainda havemos de ver os seus porcos a tocar violino.
Afora o caso das habilitações literárias do PM, o actual clima social e político do país está sereno, talvez sereno de mais, como que a prometer, para breve, alguma nova borrasca. Os governantes não falam (ou falam muito pouco), os sindicatos, ao que parece, estão numa de limpar armas e as diversas associações profissionais idem, idem, aspas, aspas. Estamos numa serenidade doentia, na certeza de que algo de importante e grave vai saltar, dentro em breve, para o terreno. Não fosse, na verdade, a conferência de imprensa, ontem dada pelo cientista gago, e o inesperado empate do Benfica contra o último classificado da Liga e hoje os nossos jornalistas pouco tinham para noticiar e comentar.
Vejamos:
O campos cobrador de impostos, há uma data de dias que não encerra nada: nem, ao menos, um SAP, ou uma maternidade.
O tesoureiro santos, todo contente com as receitas da loja, até teve tempo para ir ao barbeiro, acertar o corte do cabelo.
O cabo costa, empurrado pelo informático magalhães, é o que mais suspeitas levanta, com o seu silêncio ensurdecedor. Não anda, pela certa, a preparar coisa boa para as polícias...
O hortelão silva, com aquele seu sorriso de sacaninha, meteu-se numa alhada das grandes, ao despedir muito pessoal lá da hortas.
O oficial de diligências costa anda agora serenamente ocupado na compra de pulseiras electrónicas, a ver se consegue fazer "algum" com a venda das cadeias, entretanto libertas.
Esta acalmia não é, digo eu, bom prenúncio. Está para rebentar, por aí, uma grande bernarda.
Está certo, num cobrador de impostos. Muito mal num ministro de saúde.
"O Governo quer fechar tudo. Qualquer dia fecham o Interior do País.” As palavras são de Fernando Ruas, presidente da Câmara Municipal de Viseu, distrito que pode perder três tribunais no âmbito da revisão do mapa judiciário.
Disse ainda:
“Coloquem todos os cidadãos em Lisboa e fechem os acessos. Na Europa já há cidades com dez milhões de habitantes”. “Todas as medidas são direccionadas para o Litoral”, acrescentou o também presidente da Associação de Municípios Portugueses ANMP ).
Depois do fecho de maternidades e do anunciado plano de reestruturação das Urgências, que implicará o encerramento de dezenas de serviços de atendimento permanente, a proposta que aponta para o fim de 28 tribunais relançou a questão das assimetrias entre o Litoral e Interior e o problema da desertificação de vários municípios.
E quem exonera o sr Silva????