Afora o caso das habilitações literárias do PM, o actual clima social e político do país está sereno, talvez sereno de mais, como que a prometer, para breve, alguma nova borrasca. Os governantes não falam (ou falam muito pouco), os sindicatos, ao que parece, estão numa de limpar armas e as diversas associações profissionais idem, idem, aspas, aspas. Estamos numa serenidade doentia, na certeza de que algo de importante e grave vai saltar, dentro em breve, para o terreno. Não fosse, na verdade, a conferência de imprensa, ontem dada pelo cientista gago, e o inesperado empate do Benfica contra o último classificado da Liga e hoje os nossos jornalistas pouco tinham para noticiar e comentar.
Vejamos:
O campos cobrador de impostos, há uma data de dias que não encerra nada: nem, ao menos, um SAP, ou uma maternidade.
O tesoureiro santos, todo contente com as receitas da loja, até teve tempo para ir ao barbeiro, acertar o corte do cabelo.
O cabo costa, empurrado pelo informático magalhães, é o que mais suspeitas levanta, com o seu silêncio ensurdecedor. Não anda, pela certa, a preparar coisa boa para as polícias...
O hortelão silva, com aquele seu sorriso de sacaninha, meteu-se numa alhada das grandes, ao despedir muito pessoal lá da hortas.
O oficial de diligências costa anda agora serenamente ocupado na compra de pulseiras electrónicas, a ver se consegue fazer "algum" com a venda das cadeias, entretanto libertas.
Esta acalmia não é, digo eu, bom prenúncio. Está para rebentar, por aí, uma grande bernarda.