A propósito das urgência hospitalares -fecham, não fecham, ao sabor e balanço das manifestações populares e dos ziguezagues governamentais- o meu tio Anacleto, sempre com o seu acutilante olho de observador atento, dizia-me, há pouco:
"Os jornais dizem que o campos cobrador de impostos recuou e decide hoje o contrário do que tinha decidido ontem. Não é verdade, ou, melhor ele recuou mas não recuou para...trás. O que ele fez, nas barbas do zé povo, foi recuar para a...frente. Esperem mais uns tempos e vão ver se tenho , ou não, razão. Por outras palavras: ele deu um passo atrás, mas sabe que, dentro de algum tempo, quando assentar a poeira agora levantada, vai dar dois, ou mais, passos em frente, na sua missão de cobrador de impostos sobre o já desfalecido serviço nacional de saúde."
Eu, por mim, acho que o meu tio Anacleto está a ver bem a coisa.