Dizem os "ténicos", nesta matéria, que vem por aí, outra vez, o frio -mesmo o frio de rachar, dizem eles. Voltemos, pois, à boa e quente castanha assada, para aquecermos as mãos e a alma.
Espero eu, todavia, que não escaldemos as mãos e, muito menos, a alma. É que o tesoureiro Teixeira pode ver, no aumento substancial do consumo deste fruto, uma razão suficiente para criar um novo imposto -o imposto da castanhada , assim distribuído : em cada doze castanhas, dez vão para o Estado, uma para o dono do castanheiro e outra para o vendedor da castanha, já assada. Isto até que os Pauliteiros de Miranda, fartos já de tanta castanhada , não desçam das suas "pedras lavradas" e desatem para aí à paulitada.