PIRUÇAS

Maio 10 2006

Já, outro dia, aqui registei a minha indignação contra o facto de, face à bancarrota das finanças públicas, ninguém (isto é, nenhum político) ser responsabilizado por isso -civil, ou criminalmente. Hoje, não há dia que passe sem novos e revoltantes episódios sobre o assunto, preparando-se o pobre do zé pagante para mais e mais sacrifícios, inclusivé outros aumentos de impostos. Ora, se o zé paga os seus impostos, cumprindo direitinho e no tempo certo as suas obrigações, e os entrega aos governantes, para que estes os administrem bem, tem todo o direito de exigir que estes os utilizem como deve ser e que não deixem entrar na falência os cofres do Estado. Se assim não acontecer, se os governantes-políticos, ou os políticos-governantes, por incompetência, desleixo ou outra causa qualquer, desbaratarem os dinheiros que o zé depositou, de boa fé, nas suas mãos, é justo que o zé os enfrente e deles exija a reparação do mal que fizeram. Ou não será assim?

O que não pode acontecer, como é prática corrente entre nós, é assistir-se a este espectáculo revoltante: o ministro culpado da má gestão dos dinheiros públicos sai sorrateiramente do Governo e vai encaixar-se, tão sorrateiramente quanto possível, na administração de uma qualquer empresa pública, quantas vezes com um ordenado bem superior ao que auferia como governante.

publicado por poleao às 17:37

TÃO LONGE DO MUNDO E TÃO PERTO DE TUDO
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