Mega-operação da GNR no Porto

O Grupo Territorial da GNR de Matosinhos deteve na madrugada de hoje 16 pessoas acusadas de vários crimes, entre os quais tráfico de droga, permanência ilegal no País e condução perigosa e com excesso de álcool.
Foram ainda apreendidos quatro viaturas, haxixe suficiente para cerca de 400 doses individuais, cerca de dois mil euros em dinheiro e material audiovisual no valor aproximado de dez mil euros.
Esta operação de controlo de cidadãos e veículos indocumentados, combate à proliferação das corridas de carros ilegais e combate ao lenocínio e imigração ilegal, que envolveu cerca de 280 militares da Brigada Territorial n/4 e quatro elementos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), desenvolveu-se em Gaia, Maia e Póvoa de Varzim.
Em comunicado, a GNR refere que no total foram identificadas 32 pessoas e fiscalizados sete estabelecimentos comerciais e 333 viaturas, tendo sido elaborados 69 autos por diversas infracções.
(imprensa de hoje)
É sabido que, todas as madrugadas, há muita gente a trabalhar -uns por conta própria e outros por conta de outrem. Estes últimos recebem, justamente, segundo tabelas consentâneas, pelo trabalho nocturno que realizam. Justamente, repito!
Ora, os militares da GNR, como também é sabido, não recebem mais por isso. Alguma compensação (privilégio, como, maldosamente, se apregoa) que tinham por este trabalho, para segurança de todos, foi-lhes abruptamente retirada pelo governo, em nome de uma equívoca convergência, nomeadamente a idade da passagem à reforma e o apoio na doença, ao pessoal no activo, aos reformados e aos familiares.
Mesmo sem essas compensações (e outras, igualmente retiradas), o pessoal da Guarda, como se vê pela notícia, continua, galhardamente, a cumprir o seu dever, a qualquer hora do dia ou da noite, em quaisquer condições de tempo, quantas vezes pondo em risco a própria vida.
O seu trabalho deveria merecer, ao menos, mais respeito.