A um amigo meu que, esta tarde, se manifestava indignado com a "circuntância" de ter os seus impostos significativamente aumentados, desde já, contra o que repetidas vezes afirmou o PM, respondi, sem direito ao contraditório, isto: pois eu, que também fui atacado por essa "circunstância", fiquei orgulhoso por saber que vou contribuir, com a minha parte, para que sejam garantidas. ou mesmo aumentadas, as "reformas de miséria" dos abnegados, esforçados, competetíssimos e devotados servidores da causa pública que são, por exemplo, os administradores reformados do Banco de Portugal, instituição a que deram, durante mais de 40 anos, todo o seu saber e inteligência.
Ponto final, parágrafo.
"Ontem na conferência de imprensa Mário Soares mostrou-se cansado, confuso, desinformado. Esqueceu-se várias vezes da pergunta de uma jornalista e mostrou que não fazia a mínima ideia em que estado está o dossier aborto. As respostas de Mário Soares estavam cheias de contradições, dizendo-se ao mesmo tempo pelo social e pelos sacrifícios, do PS e independente, pelo futuro e pelo regime ..."
(João Miranda, hoje, no "ablasfemia")
Esta é a realidade factual, que não se pode esconder. O comentário de João Miranda não faz qualquer apreciação política ao "manifesto" apresentado e não belisca, minimamente, a dignidade do candidato.
O ministro da Justiça, Alberto Costa, foi entrevistado, esta noite, em directo do seu gabinete, no jornal das vinte horas, a propósito das várias greves, que hoje tiveram lugar, no sector que tutela. Impressionou-me o seu constrangimento e o seu manifesto mal-estar perante a desastrosa situação de lítigios que enfrenta, numa área tão difícil como é a da Justiça. Comprometido, sem à-vontade, triste, desapontado -foi assim que o vi. E logo me veio à lembrança a sua passagem por outro governo, há anos, então como ministro da Administração Interna, marcada, entre outros episódios, pelo seu desabafo, a propósito de uma crise com a PSP: "esta não é a minha Polícia". Pelo que se vai vendo, não andará longe o dia em que este desditoso ministro acabará por dizer, na mesma linha: "esta não é a minha Justiça".
(DD de hoje)
Já aqui tinha deixado, no último dia 22, uma nota a esta respeito. Passo a passo, e tudo "dentro da Lei", as coisas vão-se mesmo compondo. Só espero que não venha a ser obrigado a dar, no final do processo, dos meus impostos, para este "peditório", sob a forma de alguma indemnização que o Estado venha a ser coagido a pagar à arguida -perdão, à queixosa.
Se só agora, em 2005, é que Portugal tem um Governo sério, corajoso e transparente, capaz de endireitar, finalmente, as contas públicas, não é legítimo concluir que todos os outros, antes deste, nomeadamente os mais próximos, não foram sérios, nem corajosos, nem transparentes,numa palavra, que foram todos, ao fim e ao cabo, uma cambada de incompetentes?
Eu acho que a conclusão é, não só perfeitamente legítima, como ainda, e acima de tudo, lógica e decorrente das mais elementares regras de raciocínio.
Se esta conclusão não fosse legítima, certamente que, pelo menos, os mais recentes primeiros-ministros e ministros das finanças, já teriam vindo a terreiro, como damas ofendidas, defender, com poderosos e fortes argumentos, as políticas que então seguiram. Não dei conta de que qualquer deles tenha feito isso, salvo pequeninas e lamuriantes explicações, para casos isolados e pouco significativos. E, como diz o ditado popular, quem cala...consente.
Faz hoje 7 anos o meu neto Joaquim (como eu, sportinguista dos quatro costados), o mais velho dos quatro que já tenho, na minha "conta" de avô. A foto foi tirada no último mês de Setembro, em Aveiras, na casa dos tios Paulinha e Carlos.
Parabéns, Joaquim. Para o ano, cá estaremos.
Tiradinha há dez minutos, aqui da janela do meu "escritório", ao som de uma violenta bátega de água. Até o Bugio ficou encharcado, coitadito. Mas já faz sol novamente. Estamos no regime de "bolos sortidos".
Nota: A maquineta (digital) que tirou a foto é mais pequena do que uma caixa de fósforos e custou-me cinco euros, na feira da ladra.
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Artur Marques, advogado de Fátima Felgueiras, recorreu alegando irregularidades na validação judicial das conversas interceptadas pela Judiciária, pedindo a anulação das escutas.
As coisas vão-se compondo, digo eu. |
O meu tio Anacleto, sempre muito atento, na sua longínqua aldeia beirã, às modernidades que por aí andam, ofereceu-se para ser meu "porta-voz".
Agradeci, mas não aceitei.
Falarei sempre por mim, "até que a voz me doa".