Eu sei o preço da (sua) ignorância e da
(sua) teimosia, sr PM: 25 mil milhões
de euros!!!
Eu sei o preço da (sua) ignorância e da
(sua) teimosia, sr PM: 25 mil milhões
de euros!!!
Faz hoje três anos a minha neta Filipa.
É leoa, como o avô.
Longa e feliz vida, Filipa!
De um rico e lindo mail, que hoje recebi do meu amigo "meio alentejano/meio beirão/meio espanhol", respigo estas duas verdades cristalinas:
-UMA PESSOA RICA NÃO É A QUE TEM MAIS, MAS A QUE NECESSITA MENOS.
-APRENDE-SE A PERDOAR...PERDOANDO.
Já ganhei o dia. Estou muito mais rico e muito mais forte, moralmente.
Como diria o "piqueno" M2, é minha convicção que o terrorismo reinante -cujas duas últimas acções, em Londres e numa estância balnear do Egipto, são "apenas" dois passos de uma longa caminhada, bem preparada e programada- é a face visível de um confronto de civilizações e de culturas, há muito iniciado. De um lado, a chamada civilização ocidental -tolerante, tanto do ponto de vista religioso, como político. Do outro, o fanatismo religioso, exacerbado e cego, assente em pressupostos, sociais e políticos, radicais.
O Ocidente, para se defender e combater eficazmente este terror, não tem outra alternativa que não seja ceder alguma coisa nos seus princípios de tolerância. Não o fazendo -como parece que não o fará, ao menos de imediato- vão ruindo, pacientemente, as pequenas traves que ajudam a sustentar o "edifício" e, não muito longe, ele cairá, definitivamente, abalado por outra tempestade da História.
Tratar um arranhão, ou mesmo uma pequena ferida, com tintura de iodo, ainda vá lá. Mas procurar sarar diversos, profundos e terríveis ferimentos só com tintura de iodo é condenar à morte o paciente. Sem perder a sua postura civilizacional, os seus princípios, a sua moral e o seu equilíbrio social, o Ocidente, para vencer de vez este terrorismo cego, terá que dar, quanto antes, um passo em frente nas regras e métodos de combate. Esta é a minha convicção.
Com este mesmo título, registei aqui, no dia 5 deste mês, um queixume do meu compadre alentejano, a propósito das eleições para a Associação Desportiva e Recreativa da sua freguesia. Dizia ele que o presidente eleito nomeara para tesoureiro um seu cunhado. Hoje, pouco mais de dois meses passados, o meu compadre volta a mostrar o seu desalento, pelo modo como as coisas estão a correr. Diz ele:
Veja lá, compadre, que o tesoureiro, desculpando-se com um estranho cansaço, que ninguém entende, deu à sola e foi-se embora, abandonando o cargo mais importante da colectividade. Diz-se, por aqui, que não estava de acordo com outro vogal da direcção (o das obras), porque este teimava em fazer duas coisas muito importantes: uma pista para pequenas avionetas de turismo e uma linha de combóios rápidos, para ligação entre as quatro aldeias da freguesia, uma vez que, segundo ele, o futuro da região está no turismo de habitação, ou lá o que é. Como o tesoureiro, por falta de verbas, não estava a dar andamento áquele projecto, disse passem bem ao pessoal e foi-se embora. O presidente da direcção ainda tentou demovê-lo da sua decisão, prometendo aumentar o preço dos pirolitos , no bar, mas nem assim o tesoureiro voltou atrás. Como vê, compadre, as coias aqui não estão mesmo nada bem. Até depois.
O meu tio Anacleto, há muito refugiado na sua aldeia da Beira interior, tem andado muito calado, nestes últimos tempos -há uns cem dias, para aí- calculo eu porque o actual homem do leme da nossa fragata é das suas vizinhanças e é sabido que os comidos no mesmo pão e bebidos na mesma água se defendem mutuamente, nem que seja pelo silêncio. Ora, o meu tio Anacleto, não sei por que carga de água, deu agora, findo o tal período "sem graça nenhuma", em pensador de frases curtas. Eis uma, entre as que me enviou hoje:
"Preferia a democracia da ditadura anterior à ditadura democrática de hoje".
Nem o filósofo Sócrates, nos seus iluminados e longínquos pensamentos, alguma vez pensou assim.
O último postal que o meu compadre alentejano me enviou é um "espectáculo". Vou registá-lo aqui, no meu diário, para que não fique esquecido.
"Olá, compadre, boa tarde. Estou a escrever-lhe para desabafar consigo as mágoas que me vão atormentando. Veja lá que, aqui há poucos meses, houve eleições para a associação desportiva e recreativa da freguesia, tendo concorrido dois finórios, qual deles o mais vivaço. O que acabou por ganhar, não houve coisa que não prometesse ao pessoal: um centro de dia para o idosos; uma carrinha nova para transporte da rapaziada; o início da construção de uma sede como deve ser; novos baralhos de cartas para a "sueca"; bailaricos todos os quinze dias; água quente e fria canalizada para os duches dos balneários; nova pintura nas as paredes; ensino de música, no mínimo uma vez por semana. Tudo isto sem aumentar as cotas, nem o preço dos pirolitos e das cervejolas no bar. Estava-se mesmo a ver que o pessoal ia acreditar mais neste finório do que no outro e fez dele o novo presidente da nossa associação, com uma grande vantagem sobre o outro. O pior estava para vir, compadre. Assim que se apanhou no poleiro, deu o cargo de tesoureiro a um cunhado e começou a inventar desculpas para não cumprir uma só das promessas que fizera. Pior ainda, compadre. Dizendo que o cunhado encontrou o cofre da colectividade vazio, ao contrário do que constava nas actas, aumentou os preços de tudo no bar, aumentou o valor das cotas que a gente paga e qunto a obras e compras de carrinha e baralhos de cartas para a "sueca" estamos coversados.
Vá lá a gente fiar-se e acreditar num finório destes. O pessoal da freguesia está pior que etragado com isto tudo e já vai dizendo que terá que haver uma forma de correr com o finório e com o cunhado dele. O que não vai ser fácil, compadre, porque ele tem o apoio do presidente da junta. Não tenho razão, amigo compadre, para estar cheio de mágoas? Até outro dia e cumprimentos à comadre."