O meu compadre alentejano telefonou-me há bocado, do aeroporto de Faro, para se despedir de mim. Disse-me que ia de férias, para as Caraíbas.
Logo que retomei a serenidade, perguntei-lhe: "o compadre endoidou ?".
Resposta pronta dele: "Não estou nada maluco, compadre. Outros estarão, que não eu. Sabe o que foi, compadre? Vendi os sapos todos que tinha lá a criar, nos meus charcos. E mais que tivesse, compadre. Acho que foi gente fina e rica, aí de Lisboa, para comemorar uma data qualquer, lá dos "amaricanos". Nem me interessa o que foi, compadre. Sei é que peguei aqui na patroa e disse-lhe: com a carrada de dinheiro que a gente ganhou, vamos dar uma passeata, à conta dos finórios de Lisboa. E cá vamos nós de abalada, compadre. Até à próxima!
Ainda incrédulo, só tive tempo para lhe dizer: Boa viagem, compadre!!!