Está em plena rodagem, a um ritmo impressionante de 24 horas por dia, a nova produção cinematográfica nacional cujo título está no título desta nota.
Tendo em conta a extraordinária qualidade dos distintos (quem diz tintos, diz brancos, bem entendido) e afamados autores dos textos e dos guiões, considerando a inultrapassável categoria de todos os artistas do elenco (incluindo os convidados), fazendo fé no que dizem ser os cenários e as coreografias do espectáculo, sabendo-se que as partes (no bom sentido, claro) musicais foram escritas por alguns dos mais destacados génios do nosso meio, sendo certo que da campanha publicitária, iniciada há dias, se encarregam os mais pretigiados orgãos de comunicação social do País, não é de esperar outra coisa que não seja um estrondoso sucesso, não tanto de bilheteira mas, antes e acima de tudo, de missão cumprida, face aos objectivos visados pelos produtores e realizadores desta fita.
Naturalmente que, no meio desta magnificência toda, alguém se vai lixar: os produtores de filmes de menor gabarito, com muito reduzido orçamento e com actores de segunda e terceira linha, isto é, os Bibis, as Fifis e as Lilis. Por outras palavras: os pobres que paguem a crise.
Cá estarei, para ver.