O novo ministro dos negócios estrangeiros (a malandragem já anda para aí a dizer que ele é o ministro do "negócio fechado" -com o PS, claro) é o que se pode chamar, com toda a propriedade, um homem prevenido. Na verdade, antes de aceitar o convite para assumir o cargo, teve o cuidado de perguntar ao eng Sócrates: -diz-me lá, rapaz, quem são os outros? Só depois de apreciar todos e de ver que podia dar a cara por todos é que fechou o negócio, anunciado na revista Visão, uns dias antes.
Foi já muito prevenido e sabedor que este homem fundou, há anos, o CDS e foi, também, por ser um homem muito prevenido que, depois, passou ao lado do PSD, aterrou no PS e segue, à velocidade do som, para o BE, sem parar (cruzes, canhoto!), no PC. Mas também é homem -dizem por aí as más línguas- para fazer, num repente, sem ninguém esperar, inversão de marcha (mesmo em contra-mão, numa auto-estrada), desde que se levantem mais alto outros poderes e lhe indiquem qual o novo caminho a seguir.
Para já, entretanto, terá que fumar o cachimbo da paz com o Presidente dos USA, por quem nutre público e notório ódio de estimação.