Com este mesmo título, registei aqui, no dia 5 deste mês, um queixume do meu compadre alentejano, a propósito das eleições para a Associação Desportiva e Recreativa da sua freguesia. Dizia ele que o presidente eleito nomeara para tesoureiro um seu cunhado. Hoje, pouco mais de dois meses passados, o meu compadre volta a mostrar o seu desalento, pelo modo como as coisas estão a correr. Diz ele:
Veja lá, compadre, que o tesoureiro, desculpando-se com um estranho cansaço, que ninguém entende, deu à sola e foi-se embora, abandonando o cargo mais importante da colectividade. Diz-se, por aqui, que não estava de acordo com outro vogal da direcção (o das obras), porque este teimava em fazer duas coisas muito importantes: uma pista para pequenas avionetas de turismo e uma linha de combóios rápidos, para ligação entre as quatro aldeias da freguesia, uma vez que, segundo ele, o futuro da região está no turismo de habitação, ou lá o que é. Como o tesoureiro, por falta de verbas, não estava a dar andamento áquele projecto, disse passem bem ao pessoal e foi-se embora. O presidente da direcção ainda tentou demovê-lo da sua decisão, prometendo aumentar o preço dos pirolitos , no bar, mas nem assim o tesoureiro voltou atrás. Como vê, compadre, as coias aqui não estão mesmo nada bem. Até depois.