Nesta tragédia dos incêndios, que há mais de um mês castigam Portugal, a actuação dos responsáveis que dirigiram o combate, ao mais alto nível, poderia e deveria ter sido melhor e mais ajustada à realidade do que aquela que, efectivamente, se registou?
Por exemplo: se o pedido de auxílio à UE tivesse sido feito dez dias antes, e a prontidão desse auxílio fosse igual à que se registou agora, as consequências dos incêndios teriam sido, então, eventualmente, menores (e em que medida)?
Dizem agora os políticos, sobre as cinzas ainda quentes, que vai haver, depois de extinto o drama, muito trabalho para fazer, a todos os níveis. Oxalá que desse trabalho conste a apreciação, isenta, mas firme, dos dirigentes responsáveis desta guerra feroz, para que a culpa, se ela tiver havido, não fique, mais uma vez, solteira.