Mão amiga fez-me chegar um texto muito interessante e, sobretudo, muito esclarecedor, sobre a mais recente carrilhada. Com a devida vénia ao autor, transcrevo a parte mais significativa desse texto:
"...
"Quem não se sente não é filho de boa gente", diz o Dr. Carrilho de si mesmo, procurando causa de exculpação. Subentendido está que ele é filho de boa gente.
Ainda bem que assim é, e estou em crer que é mesmo verdade, apesar de não ter conhecido os pais do declarante. Porém, recordo-me que em Viseu era geral o apreço e a consideração pelo pai dele. Já depois do falecimento houve até uma iniciativa para o homenagear, a que aderiu toda a cidade, sem distinção de cores políticas.
E os organizadores convidaram o filho do homenageado, que não só se recusou a colaborar e a estar presente como até disse porquê.
Nessa altura, ninguém tinha tido a mesquinhez de dizer que não alinhava na homenagem por razões de posicionamento político; teve-a o distinto filósofo, que aproveitou o convite para expressar o seu repúdio por tudo o que pudesse redundar em proveito (julgo que mesmo apenas moral) da horrenda direita.
Dessa vez perdeu uma excelente ocasião para dizer ou escrever que o pai tinha sido "boa gente" - como aliás pensavam todos os que o homenagearam, e que ficaram com a impressão que o filho é que assim não pensava."