PIRUÇAS

Junho 14 2007

Venho da terra assombrada,
do ventre da minha mãe;
não pretendo roubar nada
nem fazer mal a ninguém.
Só quero o que me é devido
por me trazerem aqui,
que eu nem sequer fui ouvido
no acto de que nasci.

Trago boca para comer
e olhos para desejar.
Com licença, quero passar,
tenho pressa de viver.
Com licença! Com licença!
Que a vida é água a correr.
Venho do fundo do tempo;
não tenho tempo a perder.

Romulo de Carvalho

                                                                                

Com este lindo poema, brilhando mais do que o sol, nesta tarde cinzenta e feia, iluminam-se horizontes de festa e escaldantes fogos de artifício para o futuro de amanhã. Assim seja!

 


publicado por poleao às 18:51

TÃO LONGE DO MUNDO E TÃO PERTO DE TUDO
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