PIRUÇAS

Junho 28 2010

 

Há dois dias, o PR inaugurou as obras de reabilitação de quatro fortes, em Sobral de Monte Agraço, que constituem o Circuito do Alqueidão e que foram construídos há 200 anos, para defender Lisboa das tropas napoleónicas, durante o período das invasões francesas.

O Circuito do Alqueidão é composto pelos fortes Novo, do Alqueidão, do Simplício, do Machado e ainda por uma zona de apoio aos visitantes, além dos acessos entre os fortes que foram recuperados.

 

A intervenção, orçada em 500 mil euros, consistiu na reabilitação de acessos aos fortes, escavações arqueológicas e em obras de consolidação dos fortes, para tornar o circuito visitável.

 

O forte do Alqueidão é uma das principais 152 estruturas fortificadas que compõem as chamadas Linhas de Torres Vedras, construídas sob a orientação do general Wellington, comandante das tropas luso-britânicas no período das invasões francesas, com o intuito de defender Lisboa das tropas napoleónicas, entre 1807 e 1814.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

publicado por poleao às 10:19

Junho 20 2010

Passos Coelho pede Orçamento base zero para 2011


O presidente do PSD Pedro Passos Coelho sugeriu hoje que o Governo adote um Orçamento base zero para 2011, durante um almoço-convívio promovido pela Comissão Concelhia do PSD de Leiria.

 

Reacção pronta (reacção no bom sentido, entenda-se) do meu tio Anacleto:

 

-Outro zero?!!! Então não chegam os que já temos?!!!

publicado por poleao às 21:44

Junho 19 2010

 

Hoje é dia (e hora) de meditar "nestas coisas". Nem sei porquê -ou saberei ?. . .

 

 

 

 

O Preço da Independência

 

Ser independente é uma questão que diz respeito a uma muito restrita minoria: - é um privilégio dos fortes. Quem a tanto se abalançar, mas sem ter necessidade, ainda que tenha todo o direito a isso, prova desse modo que provavelmente não só é forte, mas também audacioso até à temeridade. Mete-se num labirinto, multiplica ao infinito os perigos inerentes à própria vida; e o menor desses perigos não está em que ninguém veja como e onde se perde, despedaçado na solidão por qualquer subterrãneo Minotauro da consciência. Supondo que um tal homem pereça, o facto estará tão distante do entendimento dos homens que estes não o sentem, nem o compreendem: - e ele já não pode regressar! Não pode sequer regressar à compaixão dos homens!

Friedrich Nietzsche, in "Para Além de Bem e Mal"

publicado por poleao às 17:23

Junho 18 2010

Esta é a dolorosa e triste realidade nacional, resumia neste curto desabafo, que ontem li nos jornais. Esta é a realidade que vai dilacerando, aos poucos -mas contundentemente- um Povo inteiro, mesmo os que dela se julgam afastados, ou a ela imunes, por obscuras  razões.

 

 

 

 

“Aldeias em extinção”: «O Estado quer acabar com o mundo rural. O fecho de 900 escolas do ensino básico leva à desertificação de aldeias e vilas que ainda ficam mais despovoadas, colocando as crianças longe das famílias. Ficam sem escola, sem serviços de saúde, sem urgências, sem médicos, sem serviços públicos. Restam os idosos nos lares e os jovens são obrigados a fugir para as cidades. É o progresso...»

publicado por poleao às 10:24

Junho 17 2010


 

Fui professora a partir de 74/75 e o que se reparava é que, na década de 80, estas teorias já estavam em voga. Se os alunos atingissem os objectivos mínimos, podiam passar – e os objectivos mínimos eram nada. Os alunos foram passando sem saber nada. Este miserabilismo começou nessa altura e agora acentuou-se. Acentuou-se em 2003/2004 com a implementação desta nova reforma. Desde aí, tem sido uma ‘guerra’...


É evidente que neste momento se trabalha para as estatísticas. Houve o desejo de impor uma série de teorias de pedagogia que são perfeitamente caducas. É contra essas teorias que são defensoras da apologia do presente, dos programas televisivos, da subestimação da literatura que eu me pronuncio, porque não condizem com os interesses dos alunos. E as grandes vítimas de tudo isto são os alunos, enquanto o Ministério está a desrespeitar a sua função de Ministério.


Por exemplo, quando se diz que não se deve memorizar, está a pôr-se em causa uma capacidade incrível das crianças que é a memória e a tabuada é para memorizar. Por isso mesmo, é que eu tenho alunos de 12.º ano que às vezes nem sabem quanto é 9x3. Há alunos que não me sabem conjugar os verbos: só me dizem presente, passado e futuro. E isso é porque não se estuda a gramática desde o início.


 

Esta ‘guerra’ foi suscitada pela imposição de tanta novidade. Era o novo só pelo novo e os professores nunca foram convidados a intervir. Só uma facção – aquela que era a favor destas novas teorias. O que eu peço no meu livro é que é preciso desobedecer a isto: não posso obedecer a quem me vem dizer que eu tenho de ser compreensiva com os erros ortográficos. A paz é um bem essencial para se ensinar, mas se obedecermos a tudo isto, estamos a abandalhar a nossa profissão e isto não é correcto, nem connosco, nem com os próprios alunos. Há momentos em que é forçoso desobedecer, nem que nos ameacem. A mim ameaçaram-me várias vezes…



A autora do ensaio 'O ensino do Português', Maria do Carmo Vieira (Foto: Marco Leitão Silva/SAPO Notícias)Trata-se de uma fraude e de uma falta de respeito para com as pessoas que acreditaram no programa, Conheço inúmeros alunos que pensavam que voltavam à escola para aprender e aperceberam-se de que não iam aprender nada. Não se faz o 7.º, 8.º e 9.º em três meses, não se faz o 10.º, 11.º e 12.º ano em seis meses. Isto não tem qualquer equivalência, porque se esses alunos fossem questionados, não sobre as matérias até do 10.º,11.º e 12.º, mas sobre qualquer coisa minimamente inteligente, estavam a zero. Eles são a personificação da ignorância, mas uma ignorância que é fomentada pelo próprio sistema e, por isso mesmo, eu digo: é preciso desobedecer a isto.

publicado por poleao às 11:10

Junho 16 2010

Maria do Carmo Vieira quer dar uma 'reguada' ao sistema de ensino português: através da Fundação Francisco Manuel dos Santos (presidida pelo sociólogo António Barreto), lançou esta semana o ensaio 'O ensino do Português'.

Sem pudor, a professora de Língua Portuguesa - já com 34 anos de experiência - dirige duras críticas ao baixo nível de exigência do actual sistema de ensino, aos professores, aos sucessivos Governos, às escolas, no dia em que arranca a primeira fase dos exames nacionais.


A escola não pode permanecer tal como está, porque já bateu fundo – e não só em relação ao ensino do português, mas em várias outras matérias. Estamos a ensinar na base daquilo que é fácil, do que não exige esforço, nem trabalho. Estamos a fomentar gerações e gerações de alunos que não pensam, nem sequer sabem falar ou escrever. Ao tornar a facilidade da escola comum para todos, um aluno que venha de um contexto familiar rico, do ponto de vista cultural, não vai ficar prejudicado, porque os pais hão-de ter sempre dinheiro para ele ir para explicadores ou para frequentar boas escolas. Já aqueles que vêm de espaços mais fragilizados socialmente, esses sim é que vão ser torturados e explorados pela sociedade.


Não é preciso estudar para um exame. Basta ir com um pouco de sorte e, como aquilo tem muitas cruzes, às vezes é quase 1x2. Estes exames são áridos. Um aluno qualquer que vá fazer aquilo, está a fazer aquilo porque é obrigado a fazê-lo.


Os programas são feitos à base da mediocridade. Não têm um fio condutor, não têm um objectivo primeiro. É tudo solto. As coisas estão soltas, e sei isso pela disciplina de Português, que lecciono. No ensino da Literatura, não há uma contextualização do autor. Quando um professor pede a um aluno para estudar a contextualização, encaminha-o para a Internet, quando deve ser o professor a exprimir isso. Se assim não for, o professor não serve para nada.

E, portanto, há um esvaziamento das funções do professor.


Esse esvaziamento não atinge apenas os conteúdos, mas também os próprios professores. É quase como nos desertificarem daquilo que nós somos, daquilo que nós temos para dar aos nossos alunos, do nosso estudo, da nossa dignidade enquanto professores.


A competência científica de um professor tem que ser novamente privilegiada. Neste momento, não é. É mais prejudicial um aluno ter o professor ‘bom camarada’, mas que não sabe nada e que nada sabe transmitir, do que ter um professor que talvez não seja muito bom pedagogo, mas que tem muita competência científica. É preciso também insistir na formação dos professores: não sabem escrever, não sabem pensar. Gostam, não daquilo que é artístico, mas daquilo que é bonito… Fazem das crianças estúpidas e intuem aquilo que as crianças não são. Qualquer criança responde à exigência, se vir que o seu professor também a estimula.


Tendo em conta tudo o que disse, os pais não podem  confiar na educação que o sistema hoje dá aos seus filhos.

Não podem. E nem os pais podem ficar descansados. O que este Ministério tem feito, e isso é muito nocivo, é libertar os pais das suas preocupações com os filhos. Parece que tudo fica entregue à escola… Mas os pais são muito importantes no acompanhamento do estudo dos seus filhos. Não é correcto que um aluno passe para a quarta classe sem saber ler, nem escrever. Os pais têm que acompanhar isso, têm que ver que alguma coisa não está a ser bem feita. Os pais têm de voltar a interessar-se.

publicado por poleao às 14:47

Junho 10 2010
Inspirando-me num mail do meu amigo Garcia (algarvio dos quatro, ou três?, costados).
C A R R O Ç A S  V A Z I A

 

O barulho da carroça...

 

 

Certa manhã, meu pai, muito sábio, convidou-me a dar um passeio no bosque e eu aceitei,  com prazer. Ele se deteve  em uma  clareira e depois de um pequeno silêncio me perguntou:
Além do cantar dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa?
Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:
- Estou ouvindo um barulho de carroça.
- Isso mesmo, disse meu pai, é uma carroça vazia ....
Perguntei ao meu pai:
Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?
Ora, respondeu meu pai. É muito fácil saber que uma carroça está vazia por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que faz.

Tornei-me adulto e, até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, gritando (no sentido de intimidar),tratando o próximo com grossura inoportuna, prepotente, interrompendo a conversa de todo mundo, e querendo demonstrar que é a dona da razão e da verdade absoluta, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo:

Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz...

 

É bem verdade -digo eu.

publicado por poleao às 11:58

Junho 09 2010

"O pessimista queixa-se do vento, o optimista espera que ele mude e o realista ajusta as velas".

 

Ajustar as velas, face à inconstância dos ventos, foi sempre o meu determinado e constante caminho de vida.  Ainda hoje.

 

publicado por poleao às 12:31

Junho 03 2010

 

É sempre boa hora para ver e ouvir maravilhas como esta!!!

 

publicado por poleao às 16:07

TÃO LONGE DO MUNDO E TÃO PERTO DE TUDO
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