PIRUÇAS

Dezembro 30 2008

A propósito do último episódio da nossa telenovela política, o meu tio Anacleto enviou-me, via pombo-correio, uma curta mensagem, com o seguinte texto:

 

"Quanto mais me bates, mais eu gosto de ti".

 

 

Onde é que este taciturno (mas sábio) beirão pretenderá chegar?

publicado por poleao às 18:34

Dezembro 18 2008

 

 

 

 A Brigada de Trânsito da GNR vai passar a designar-se, a partir de 01 de Janeiro, Unidade Nacional de Trânsito e a Brigada Fiscal dará origem à Unidade de Controlo Costeiro e à Unidade de Acção Fiscal.

No âmbito da regulamentação da Lei Orgânica da GNR, foi hoje publicado em Diário da República a portaria que estabelece a organização interna das unidades territoriais, especializadas, de representação e reserva da GNR e define as respectivas subunidades.

Segundo a portaria, a Unidade Nacional de Trânsito terá como responsabilidade a segurança e fiscalização rodoviária, enquanto a nova Unidade de Controlo Costeiro fará a vigilância da costa e a Unidade de Acção Fiscal terá como missão a investigação do crime fiscal e aduaneiro.

A partir de 01 de Janeiro, o Regimento de Cavalaria passará a designar-se Unidade de Segurança e Honras de Estado, que integrará o esquadrão presidencial, o grupo de honras do Estado, o grupo de Segurança, a charanga a cavalo e a banda da GNR.

A portaria estabelece também que o Regimento de Infantaria terá como designação Unidade de Intervenção, que compreende os grupos de intervenção de ordem pública, de operações especiais, de protecção e socorro e cinotécnico.


As brigadas dois, três, quatro e cinco também vão ser extintas, passando a estar organizadas em comandos territoriais, que se articulam em comando, serviços e subunidades operacionais.


Os comandos territoriais vão funcionar a nível distrital.

Eis a nova GNR.

Nova organização, novas designações, novas articulações dos diversos comandos, nova distribuição territorial, etc, etc...

A missão, porém, continua, hoje, a ser, substancialmente, a mesma: a manutenção da ordem e segurança públicas. E é a mesma, estou bem certo disso -como sempre foi- a determinação dos homens e mulheres da Guarda em cumprir, hoje, a sua missão.

publicado por poleao às 18:23

Dezembro 18 2008

A "reestruturação" da GNR, como subtilmente foi chamada, desde o início das "obras", chegou, para já formalmente, ao fim, com a recente publicação das "marretadas" que faltavam: portarias e despachos do Mai.

 

Desta vez, não foi, ainda, a demolição total do edifício. Mas, em boa verdade, pouco vai restar, a partir do próximo dia 1 de Janeiro, do que foi a Guarda durante anos a fio, como garante da segurança pública, em todo o território nacional, muito especialmente nas áreas suburbanas e rurais.

 

Não foi, ainda, desta vez, a demolição total. É verdade. Mas a minha convicção é que não foi por falta vontade política que as "coisas" ficaram, agora, por aqui. Porque vontade política, essa havia.

 

De qualquer forma e independentemente das convicções de cada um, o que importa, agora, é fazer votos, sinceros e  de boa fé, para que esta reestruturação resulte e dê certo. São estes, naturalmente, os meus votos -os votos de um homem da VELHA GUARDA, de lágrima derramada num olho, mas com o outro bem aberto, olhando em frente o futuro e confiando nele, na NOVA GUARDA.

publicado por poleao às 17:29

Dezembro 17 2008

 

 

O fiscalista Saldanha Sanches pediu esta terça-feira a demissão do governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, a quem culpa pelos «escândalos» na banca portuguesa, criticando o banco central como «um representante da banca junto do Estado».

 

Em declarações à agência Lusa, à margem dos «Encontros Ibéricos de Fiscalidade: O impacto fiscal das IAS», o fiscalista acusou o regulador de «nunca» se ter considerado o «representante do Estado junto da banca», mas antes um «representante da banca junto do Estado».

 

«A sua função é defender a banca, e às vezes defende-a tanto que temos escândalos como o BPN», criticou.

 

No entender de Saldanha Sanches, no que diz respeito ao caso BPN, o Banco de Portugal «tem culpa imensa» porque «houve sinais de alarme lançados de forma persistente e drástica por três grandes empresas de auditoria e o Banco de Portugal não ouviu».

Assim, Saldanha Sanches entende que não resta ao governador do Banco de Portugal outra alternativa que não seja a demissão, solução que entende ser «evidente».

publicado por poleao às 18:21

Dezembro 17 2008

Segundo o SOL apurou, agentes do departamento da Direcção Central de Investigação da Corrupção e da Criminalidade Económica e Financeira (DCICCEF) estiveram esta terça-feira à tarde na sede da Microfil, uma empresa do ramo informático especializada em digitalização e arquivamento de documentos, com sede em Cortegaça, Ovar.

 

As buscas foram realizadas no âmbito do inquérito que visa apurar as condições em que a antiga DGV adjudicou à Microfil, em 2002 e 2004, a aquisição de serviços e equipamentos informáticos, com intervenção do então director-geral, António Nunes. Esses contratos renderam desde então à Microfil cerca de 10 milhões de euros.

 

Conforme o SOL noticiou em Julho, o inquérito foi instaurado por suspeitas de corrupção, na sequência de várias denúncias recebidas pela PJ.

publicado por poleao às 18:15

Dezembro 16 2008

2.Nas ruas e universidades da Grécia, há vários dias, os estudantes manifestam- -se violentamente, atiram pedras contra a polícia, incendeiam automóveis, provocam distúrbios. Indignação ou houve o pretexto de a polícia ter matado um estudante? Não são, contudo, jovens marginais, filhos de imigrantes, habitantes de bairros problemáticos, como sucedeu, há meses, em França. São filhos da burguesia que está a ser muito afectada com a crise.

A França foi a primeira a inquietar-se. Com razão. Quando há uma crise latente, que fere em consciência as classes médias, qualquer pretexto serve para gerar a revolta. Maio de 68 foi assim. De Gaulle, que era o De Gaulle, desapareceu e esteve dois dias na Alemanha a ouvir as forças militares de ocupação ali estacionadas.

A Espanha também tem motivos de preocupação: a subida em flecha do desemprego, o mal-estar social latente, que sucedeu a um período de grande crescimento, a bolha do imobiliário, que rebentou como era previsível, as tensões crescentes entre algumas autonomias e o centralismo de Madrid.

Portugal também não deve ficar indiferente. Com as desigualdades sociais sempre a crescer, o aumento do desemprego que previsivelmente vai subir imenso, em 2009, a impunidade dos banqueiros delinquentes, o bloqueio na Justiça, e em especial, do Ministério Público e das polícias, estão a criar um clima de desconfiança - e de revolta - que não augura nada de bom. Oiçam-se as pessoas na rua, tome-se o pulso do que se passa nas universidades, nos bairros populares, nos transportes públicos, no pequeno comércio, nas fábricas e empresas que ameaçam falir, por toda a parte do País, e compreender-se-á que estamos perante um ingrediente que tem demasiadas componentes prestes a explodir. Acrescenta-se o radicalismo das oposições, à esquerda e à direita, que apostam na política do "quanto pior melhor". Perigosíssima, quando não se apresentam alternativas credíveis...

França, Espanha, Portugal e outros Estados membros não são a Grécia, é verdade. Cada país é um caso. Mas a União Europeia não está a ajudar nada. O plano aprovado na última cimeira não passa de um paliativo: injectar dinheiro nos bancos e nas grandes empresas, para que tudo - de essencial - possa ficar na mesma. Sem ter em conta o grande descontentamento e a grande desconfiança que os provocam sem esclarecer satisfatoriamente as opiniões públicas, sem transparência, sem uma visão estratégica, coerente e concertada dos 27 Estados quanto ao que é necessário fazer, para assegurar a mudança.

Nesse aspecto, a nova América de Obama está bem melhor do que a União Europeia. Além do mais, porque na América o pessoal político está a mudar. E, na Europa, continuam as mesmas caras, insusceptíveis de entusiasmar seja quem for...

 

Este texto não foi escrito pelo General Loureiro dos Santos. É seu autor...Mário Soares (quem diria!?!?) e pode ser lido, na íntegra, no DN de hoje.

 

Nota: o sublinhado é meu.

publicado por poleao às 17:47

Dezembro 16 2008
 
 
 
A CRISE E OS MILHÕES


O autor deste texto (que pode ler-se no DN de hoje) não é nenhum membro do PCP, ou do BE.Escreveu-o (pasme-se!!!)...Mário Soares. Em contramão com o PS e com o Governo, como diria o outro.

 
1. A crise aprofunda-se e generaliza-se. Os Estados desviam milhões, que vêm directamente dos bolsos dos contribuintes, para evitar as falências de bancos mal geridos ou que se meteram em escandalosas negociatas. Será necessário. Mas o povo pergunta: e as roubalheiras, ficam impunes? E o sistema que as permitiu - os paraísos fiscais -, os chorudos vencimentos (multimilionários) de gestores incompetentes e pouco sérios, ficam na mesma? E os auditores que fecharam os olhos - ou não os abriram suficientemente - e os dirigentes políticos que se acomodaram ao sistema, não agiram e nem sequer alertaram, continuam nos mesmos lugares cimeiros, limitando-se a pedir, agora, mais intervenções do Estado, com a mesma desfaçatez com que antes reclamavam "menos Estado" e mais e mais privatizações?

Pedem-se e pediram-se sacrifícios para cumprir as metas do défice, impostas por Bruxelas. Mas, ao mesmo tempo, os multimilionários engordaram - os mesmos que agora emagreceram na roleta russa das economias de casino - e os responsáveis políticos (os mesmos, por quase toda a Europa) não pensam em mudar o paradigma ou não anunciam essa intenção e não explicam sequer aos eleitores comuns, os eternos sacrificados, como vão gastar o dinheiro que utilizam para salvar os bancos e as grandes empresas da falência, aparentemente deixando tudo na mesma? E querem depois o voto desses mesmos eleitores, sem os informar seriamente nem esclarecer? É demais! É sabido: quem semeia ventos colhe tempestades...
publicado por poleao às 17:09

Dezembro 10 2008

 SOBRAL DE MONTE AGRAÇO
 
 
Igreja de Santo Quintino
 
 
 
 
A igreja de Santo Quintino foi mandada construir por D. Manuel I em 1520, não se conhecendo contudo a razão que terá levado o monarca a tomar essa decisão.


 
A igreja tal como a conhecemos hoje, é o resultado de várias intervenções feitas em épocas diferentes, a última das quais lavada a cabo pela Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais já na década de 40 do século XX.
 
No exterior é de destacar o portal, datado na pilastra do lado direito de 1530 e que combina elementos manuelinos e renascentista.


 
A igreja de Santo Quintino é um monumento da fase final da arquitectura manuelina e um autêntico museu do azulejo, em que figuram padrões únicos.
 
As três naves são de cinco tramos, divididas por colunas cilíndricas, com capitéis decorados de volutas e palmetas que sustentam ábacos quadrados, sobre os quais assentam os grandes arcos redondos, decorados por azulejos de tapete de padrão largo.


 
Decoram a parte superior da parede da entrada azulejos com padrão de ponta de diamante do século XVII.
 
As paredes sobre as arcadas da nave central são revestidas com azulejos do sec. XVII agrupados em dois andares de painéis, separados por frisos. Os da parte inferior com um motivo de albarradas são já do século XVIII.
 
A cabeceira é constituída pela capela-mor e duas capelas colaterais, todas de muito interesse e dotadas de abóbadas de cruzaria com bonitos bocetes.
 
A do lado da Epístola, dedicada a Santo Quintino e revestida de azulejos do séc. XVIII, com cenas do seu martírio, mantém a pintura seiscentista na abóbada. No altar, as boas imagens da Virgem com o menino e o orago, esta datada de 1532.

 
 
A do lado do Evangelho é da invocação de S. Pedro. Os azulejos das paredes laterias representam passos da vida de S. Pedro (sec. XVIII).
 
Na parte lateral abre-se a capela do santissímo, do século XVIII, onde se pode destacar a imagem de Nossa Senhora da Piedade.
 
A meio da nave, à esquerda, invulgar púlpito de pedra, quinhentista, que conserva ainda uma interessante decoração pictural com a representação dos evangelistas.


 
Destaque merece também o baptistério, de forma circular e rematado por uma pequena cúpula, forrado de azulejos seiscentistas e siustentado por quatro colunas, foi construído em 1592 por Simão Correia. No interior salienta-se um painel de azulejos do século XVIII representando o Baptismo de Cristo.

publicado por poleao às 17:54

Dezembro 09 2008

O governador do Banco de Portugal (BdP), Vitor Constâncio, reagiu já à polémica em torno do seu salário, admitindo que o mesmo devia ser reduzido.

 

 

O «Jornal de Negócios» avançou, na sua edição desta terça-feira, que o supervisor português está entre os mais bem pagos, ultrapassando mesmo o homólogo dos EUA, presidente da Reserva Federal, Ben Bernanke.

 

Diz o diário que, para o Ministério das Finanças português, o cargo ocupado por Vítor Constâncio vale uma remuneração anual de perto de 250 mil euros , cerca de 18 vezes o rendimento nacional «per capita».

 

Já para a Administração norte-americana, o lugar ocupado por Ben Bernanke justifica apenas 140 mil euros anuais, ou seja, 4,2 vezes o rendimento «per capita» dos EUA.

 

Esquece a notícia de sublinhar que o nosso é SUPER e que, como recentemete se constatou, o seu trabalho de VISÃO tem sido, no mínimo, excelente. Merece bem, por isso, o que ganha. Melhor: merecia ganhar muito mais!!!! Eu acho.

publicado por poleao às 19:25

Dezembro 09 2008

 

 

O Parlamento também ajuda, claro...

 

 

Página do Parlamento indica 35 faltas, sexta-feira, quando houve 48 deputados que não votaram.

A página do Parlamento com a informação das presenças dos deputados indica 35 faltas na sexta-feira, quando houve 48 deputados que não votaram, pelo menos, o projecto do CDS-PP sobre a suspensão da avaliação dos professores.

 

publicado por poleao às 19:05

TÃO LONGE DO MUNDO E TÃO PERTO DE TUDO
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