PIRUÇAS

Outubro 30 2008

Parlamento


O País gasta 3,7 milhões de euros com viagens dos deputados


O Orçamento da Assembleia da República para o ano que vem prevê um aumento de 7,6% nos gastos com viagens e estadas dos deputados. Este valor é três vezes superior ao da inflação.

As despesas com viagens e estadas, sejam deslocações dentro ou fora do país, dos deputados da Assembleia da República vai ascender em 2009 a 3,72 milhões de euros.

 

Este valor representa um aumento de 7,6% em relação ao ano anterior. Só a rubrica Viagens conta com 2,44 milhões de euros, num acréscimo de 14,5% que se deve ao aumento das tarifas aéreas.

 

Mas mesmo tendo em conta a subida das tarifas aéreas, esta é uma subida orçamental muito apreciável.

 

 

Comentário do meu tio Anacleto, já com a nova ortografia brasileira:

 

Deixá-los passeá-los que eles calarar-se-ão!!!

publicado por poleao às 10:42

Outubro 26 2008

O CM publica, na sua edição de hoje, uma interessante entrevista ao Dr Bagão Felix. Respigo dela as seguintes passagens, não só porque se reportam, com propriedade, ao título deste post, mas também à forma e ao modo como a nossa comunicação social se põe a jeito, sistematicamente, do poder político dominante.

Nota: os sublinhados são meus.

 

...

 

LO – O senhor foi condenado, enfim, em alguns casos condenado na praça publica, mais pelo seu Orçamento de Estado ou por pertencer ao Governo do doutor Santana Lopes?

 

BF - É uma boa questão, sabe. Eu não me arrependo nada do meu passado, não me arrependo de ter aceite o lugar de ministro das Finanças nesse Governo, não fiz nenhum sacrifico, não sou daqueles que me queixo das minhas decisões, só me queixo daquelas que tomo sem ser eu a tomá-las verdadeiramente, também acontece na nossa vida. Relativamente ao Governo do doutor Santana Lopes deixe-me dizer-lhe duas coisas. Em primeiro lugar, nos últimos treze anos o doutor Santana Lopes governou quatro meses, de finais de Julho a meados de Novembro, porque os outros foram de gestão. Parece que o grande problema do País foi esse buraco negro de quatro meses nos últimos treze anos em que os socialistas tiveram dez no poder.

 

LO – Doutor Bagão Félix: quatro meses memoráveis.

 

BF - Enfim, na sua opinião. Repare bem. Luís, deixe-me dizer-lhe uma coisa. Admito que houve erros, claro que houve erros.

 

ARF – Muita trapalhada.

 

BF - Mas o que é que há agora? Imagine esta cena da pen, imagine eu, ministro das Finanças, a não saber no dia em que apresento o Orçamento a dívida pública em percentagem do PIB, ou o crescimento do investimento, o que é que diriam no dia seguinte, mesmo com os pastéis de nata oferecidos aos jornalistas. Imagine! Aí já não há trapalhadas.

 

ARF – Não há pastéis de nata grátis,

 

BF - Isto também tem a ver como as coisas são vestidas.

 

LO – Com o azar do Governo de Santana Lopes provavelmente os pastéis estariam estragados.

 

BF - No meu caso talvez fossem de Belém porque eu também tenho uma grande costela do Belenenses, além de benfiquista.

 

ARF – É costume.

 

BF - Deixe-me dizer-lhe só mais uma coisa sobre essa questão. Eu não tenho nenhuma procuração do doutor Santana Lopes, mas, por exemplo, neste caso das casas todos deram casas, isto é, proporcionaram o aluguer.

 

LO – Essa é uma grande verdade.

 

BF - Todos proporcionaram casas. Desde o doutor Sampaio ao doutor João Soares, o actual presidente etc.

 

LO- Começou tudo com Abecassis.

 

BF - O alvo é o doutor Santana Lopes. Imagine estas cheias que houve a semana passada em Sete Rios.

 

ARF – Os túneis.

 

BF - Por acaso o único que não teve cheias foi o do Marquês de Pombal. Imagine estas cheias e o doutor Santana Lopes não ter aparecido nesse dia, ou no dia seguinte, a ver. O doutor António Costa não apareceu, nada se passou. Eu percebo de facto que neste País...

 

ARF – Quer dizer que há uma cultura de esquerda, mesmo na Comunicação Social?

 

BF - Eu posso ter cometido muitos pecados, mas, de facto, ter feito parte do Governo do doutor Santana Lopes, como diz um amigo meu, não é currículo, é cadastro.

 

ARF – O que quer dizer é que a maioria da Comunicação Social é de esquerda e alivia a crítica e marca a direita?

 

BF - Claro, completamente, complacente. Estou a dizer isto em termos gerais. Mas isso é absolutamente visível. Sabe que há duas maneiras de fazer censura. Uma, que é visível e que é facilmente reprovável, e que era aquela que eu ainda assisti, o lápis azul. E há outra censura que é pela via da omissão. Às vezes não é pelas notícias que se dão. É pelas notícias que não se dão e pelos desenvolvimentos que não se fazem das notícias.

 

ARF – E que se matam os assuntos rapidamente.

 

BF - Claro. Os assuntos agora, quando há um problema é um cometa. Aparece num dia e desaparece no dia seguinte. São as notícias cometa. Não pegam.

 

ARF – E há outras que pegam muitas vezes.

 

BF - E há outras que pegam muitas vezes.

 

LO – Mas acha que isso tem a ver com uma estratégia colectiva da generalidade dos órgãos de comunicação social que são dominados por uma ideia de esquerda?

 

BF - Não. Vamos lá ver. Por aquilo que conheço, não é muito, mas por aquilo que conheço, apesar de tudo, se fosse feita uma votação, com urna secreta, a esquerda era francamente maioritária na comunicação social. Não tenho dúvidas sobre isso. Mas cada um é o que é. É respeitável.

 

LO – Repare que os dois partidos de poder em Portugal, num certo sentido, são de esquerda.

 

BF - O PSD é de esquerda?

 

LO – Por exemplo, o actual Presidente da República, Cavaco Silva, foi um homem que, enquanto primeiro-ministro, economicamente, foi mais à esquerda do que o engenheiro José Sócrates, na minha opinião. Foi bastante mais estatista.

 

BF - Foi keynisiano, se quiser.

 

LO- Mais estatista. Nos costumes de direita.

 

BF - O Luís está a levantar uma questão muito interessante. Que eu próprio me questiono. Eu hoje, do ponto de vista económico e social, sobretudo social, esta distinção entre esquerda e direita não faz sentido. Eu, por exemplo, socialmente considero-me, à letra, à luz desses conceitos, considero-me de esquerda. Aliás, sendo um homem católico, que estuda profundamente a doutrina social da Igreja, que é notável. Se fosse ler, como eu li há dias, quadragésimo ano, a Encíclica de Pio XI, que fala das consequências da grande depressão, parece um discurso de hoje, parece-me uma Encíclica de hoje, é notável. Aí não tenho qualquer dúvida. Do ponto de vista político, económico e social, mas sobretudo a política económica, quase nada é feito por nós. Não temos política monetária própria, como é óbvio, não temos política aduaneira, a política orçamental é muito condicionada pelas regras de Bruxelas. Verdadeiramente, aí sim, onde a esquerda e a direita se distinguem é nos costumes, é nos valores, é no modo como vêem a sociedade. E aí, por exemplo, sou de direita, sou mais conservador. E é nesse sentido que eu acho que o PSD e CDS são de direita. E o PS, embora do ponto de vista de política económica e social não se distinga, nos costume é de esquerda, como se tem visto à saciedade.

 

ARF – No caso do Código Laboral, que está a ser discutido na Assembleia da República, o doutor passou de um reaccionário de direita a um homem de esquerda. Porque esta proposta do Governo vai mais à frente da sua.

 

BF - Não. Uma coisa é o Código do trabalho, que aliás tinha de ser revisto passados quatro anos, de acordo com a lei. E cada um tem a sua opinião. O que eu acho que foi violado foi sobretudo o código da memória. Quer dizer, quem disse o que disse há quatro anos no Parlamento, perante o Governo e perante mim, que era o ministro do Trabalho...

 

ARF – O actual ministro.

 

BF - O actual ministro e o actual partido que sustenta o Governo. Aquilo que disse, cobras e lagartos do Código do Trabalho, eu devo dizer que fico muito satisfeito por esta revisão ser minimalista. Porque, de facto, afinal de contas, não era assim tão mau quanto parece.

 

ARF – Deixaram cair algumas propostas que apresentaram.

 

BF - É claro também que o poder gera prudência e gera temperança às vezes, em alguns casos. Eu vejo isto como um cristão.

 

LO – Há quatro anos, antes de ter ficado com cadastro, era um homem considerado, de referência, respeitado pelos poderosos, pela elite, pela comunidade. Mas, de um momento para o outro, aparentemente ficou sozinho.

 

BF - Às vezes mais vale só do que mal acompanhado.

 

PERFIL

 

António José de Castro Bagão Félix nasceu em Ílhavo no dia 9 de Abril de 1948. Licenciado em Finanças pelo Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras de Lisboa, foi ministro do Trabalho do Governo de Durão Barroso e das Finanças no curto Governo de Pedro Santana Lopes.

 


 

António Ribeiro Ferreira, Correio da Manhã / Luís Osório, Rádio Clube

publicado por poleao às 15:45

Outubro 23 2008

 

 

Fez hoje dez anos o meu neto mais velho -o Joaquim. Um beijo e votos de muita sorte, pela vida fora.

 

publicado por poleao às 22:55

Outubro 21 2008

 

 

Eis o programa do Colóquio a que se reporta o meu post de 12 do corrente mês. O evento decorreu num excelente nível cultural e sempre com muito interesse por parte da assistência, que encheu o auditório municipal. Tocou-me, particularmente, a matéria abordada, porquanto foi sobre ela que, em 2004, escrevi a primeiras linhas do PIRUÇAS.

 

 

Apresentação da Rota das Linhas de Torres aos Sobralenses

No dia 18 de Outubro, Sábado, teve lugar o Colóquio “Sobral na Rota das Linhas de Torres”, no Auditório Municipal de Sobral de Monte Agraço.


A Sessão de abertura contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Sobral Monte Agraço, António Lopes Bogalho, para quem “ As Invasões Francesas e as Linhas de Torres, fazem parte da nossa história local e nacional, e assumem relevo na panorâmica do património militar internacional”.

 

Do programa constou dois painéis, em que no primeiro foi abordado a contextualização histórica das Invasões Francesas e das Linhas de Torres, com especial enfoque para o papel desempenhado pelas estruturas militares presentes no território concelhio.

Neste painel, moderado pelo General Inácio de Sousa, destacamos as seguintes intervenções: Contexto das Invasões e das Linhas de Torres pelo Doutor João Rocha Pinto, da Direcção de História e Cultura Militar; Construção e desenvolvimento da 1.ª Linha de Defesa, pelo Tenente-coronel José Berger, da Direcção de Infra-Estruturas do Exército; Comando e Controle nas Linhas. Organização táctica-militar de guerra. Posto de Comando do Forte de Alqueidão, pelo Coronel Ribeiro de Faria.

 

O segundo painel, foi dedicado à divulgação do Projecto Intermunicipal da Rota, ao abrigo da candidatura do EEA GRANTS, Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu, bem como a apresentação do Projecto Municipal de Recuperação, Valorização e Promoção do património concelhio.

 

A sessão de encerramento do Colóquio decorreu com a visita de todos os presentes à Exposição patente na Sala Polivalente da Biblioteca Municipal, subordinada ao tema “Sobral na Rota das Linhas de Torres”.


 

publicado por poleao às 18:38

Outubro 18 2008
 20 de Setembro de 2004
ÓDIOS DE ESTIMAÇÃO

José Pacheco Pereira e Marcelo Rebelo de Sousa,  afamados comentadores políticos da nossa praça, nutrem, ambos, um especial ódio de estimação ao nosso Primeiro, cada um à sua maneira, claro está. Na superliga do ódio, um estaria em primeiro lugar e o outro em segundo, isto é, ouro para um e prata para o outro. Resta saber a razão desta hostilidade assanhada, tanto mais que ambos perfilham os mesmos ideais políticos e até pertencem ao mesmo partido. Será por isso mesmo? A verdade virá, um dia, ao de cima, certamente, como o azeite. Então se saberá.

 

7 de Março de 2005

CANTAM OS PASSARINHOS

Há cerca de três meses, Pacheco Pereira fixou um objectivo para as "suas tropas", no Abrupto: derrubar Santana Lopes e, mais ainda, levá-lo ao "tapete". Foi bem sucedido, como se sabe.

 

No blog  onde, antes, dia após dia, chispavam morteiradas, ouvem-se, agora, os passarinhos a cantar, as águas do ribeiro a correr suavemente e as badaladas de um sino distante cantando a Deus.


 
JPP anda agora a visitar tudo quanto é biblioteca, exalta livros antigos sobre os mais diversos assuntos (não políticos, claro!) e, quando o interrogam sobre as cinzas que ficaram no campo de batalha, assobia para o lado e diz que nada tem a ver com isso.


 
Fechou o frasco do veneno (isto é, guardou as armas nas arrecadações) e espera, seraficamente, que o antigo Bispo de Setúbal proponha a sua beatificação.

 

 

Hoje, depois de ouvir Pacheco no último programa da SIC, em que ele se exibiu de forma angustiante, deitando chispas pelos olhos e ódio fedorento por entre os dentes, cada vez que proferia o nome de Santana, repito o que disse então, certo de que estou a fazer agora uma apreciação tão correcta como antes

publicado por poleao às 22:12

Outubro 14 2008

 


João Miguel Tavares escreve, hoje, no dn, um interessante artigo,  com este sugestivo título:
A CHEGADA DE "EL COMANDANTE" SÓCRATES.

 

Trancrevo, de seguida, a primeira parte desse artigo:

"José Sócrates anda a privar demasiado com Hugo Chávez. Tivesse ele trocado o fato cinza pelo verde caqui durante a sua última intervenção na Assembleia da República e quase nem se dava pela diferença. Só faltou chamar nomes feios a George W. Bush. Inchado de entusiasmo perante o afundamento da economia mundial, José "El Comandante" Sócrates falou numa "ideologia derrotada" e apresentou a lista dos insidiosos pecadores: "os apóstolos do Estado mínimo e do mercado desregulado", os que "anos a fio enalteceram as virtudes imbatíveis de um mercado entregue a si próprio", os que "sempre professaram a fé na mão invisível do mercado" e que agora, na hora do aperto, vêm a correr pedir a intervenção da "mão bem visível do Estado". Capitalistas, tremei."

 

Já não é a primeira vez que vejo esta "matéria" ser abordada nos diferentes OCS nacionais, com particular incidência depois da "explosão" do nosso(?) Magalhães, em terras da Venezuela. E tanto assim tem sido que até o meu astuto tio Anacleto me insinuava, outro dia, que estará em curso uma campanha para se intruzir em Portugal um certo e determinado "cavalo de tróia" como foi, há anos, o caso de Cuba, relativamente aos Estados Unidos. Agora -desconfia ele, será a Europa o objectivo.

 

Não sei se deva aceitar, ligeiramente, as desconfianças do meu já muito escaldado tio, mas a verdade é que se multiplicam, nos últimos tempos, as viagens de políticos de e para a Venezuela, para assinatura de carradas de acordos...comerciais. Será que aqui, além do Magalhães, também haverá...gato???

publicado por poleao às 16:22

Outubro 12 2008

Colóquio: SOBRAL NA ROTA DAS LINHAS DE TORRES


Terá lugar no próximo dia 18 de Outubro (sábado), a partir das 14h30, no Auditório Municipal de Sobral de Monte Agraço, o colóquio “Sobral na Rota das Linhas de Torres”. 


O  colóquio tem como principal objectivo apresentar publicamente o Projecto Municipal de Sobral de Monte Agraço, integrado num Projecto Intermunicipal mais abrangente, cujo fim último é a criação da Rota Histórica das Linhas Defensivas de Torres Vedras (RHLDTV). Deste Projecto Intermunicipal fazem parte, para além do Município de Sobral de Monte Agraço, mais 5 Municípios (Arruda dos Vinhos, Loures, Mafra, Torres Vedras e Vila Franca de Xira).

 

O colóquio visa contribuir para um melhor entendimento da importância deste projecto para o Município de Sobral. Neste sentido, do programa constará uma contextualização histórica das Invasões Francesas e das Linhas de Torres, com especial enfoque para o papel desempenhado pelas estruturas militares presentes no nosso território; a divulgação do Projecto Intermunicipal da ROTA, bem como a apresentação do Projecto Municipal em curso, com casos práticos das execuções que estão a decorrer no terreno, perspectivas futuras e potencialização turística-cultural como mais valia para o concelho. 
 

publicado por poleao às 20:24

Outubro 07 2008

Dá que pensar, este recente artigo de Tavares Moreira, deixado, na minha caixa de correio, por mão amiga.

Os sublinhados são meus.

 

"Ainda não invertemos a insustentável tendência do endividamento externo"

 

 
1. Este título é uma citação do discurso do Presidente da República, proferido ontem, em acto comemorativo de mais um aniversário da implantação da República.
É curioso como ainda se admite entre nós, ao mais alto nível, a possibilidade de travar o aumento de endividamento ao exterior…

2. Esta afirmação é particularmente interessante numa altura em que o ritmo de endividamento ao exterior se encontra em forte aceleração.
Segundo os últimos dados das contas com o exterior, referentes ao período Jan-Julho, o défice corrente com o exterior aumentou quase 40% em relação a 2007...e entrando em conta com as transferências de capital da EU, o aumento é de 34%...
Preparamo-nos este ano para um défice externo corrente da ordem de 12 a 13% do PIB, talvez o maior da nossa história recente...


3. É também muito interessante comparar estes dados com os do ano “horribilis” 2004 (S. Lopes) - classificado pelos nossos clarividentes media como “benchmark” de má governação – essa comparação dá um agravamento do endividamento ao exterior em 2008 da ordem de 150%...
E isto, note-se bem, depois de 3 anos de proclamada e não contestada “consolidação orçamental” e de uma política económica que tem sido assumida como de “rigor”…E para mais num ano em que a actividade económica se mostra praticamente estagnada…

4. Limito-me a perguntar, na minha ignorância – desculpável julgo num cidadão que é estranho ao sistema/poder e por isso não tem obrigação de conhecer todos os dados - como é possível falar-se em “…inverter a insustentável tendência de endividamento…” no contexto em que a política económica tem sido conduzida e tendo em conta que utilizamos uma moeda cujo valor externo não podemos gerir…

5 Tal afirmação, cuja bondade “teórica” não se disputa, encontra-se ferida duma impossibilidade prática e, como tal, assume a natureza de voto piedoso...
Como cidadão mal informado, é certo, estou persuadido de que a “insustentável tendência do endividamento ao exterior” vai prosseguir firmemente…até que o mercado nos aplique um “garrote” técnico, sob a forma de custos insuportáveis dos empréstimos obtidos…
Esse “garrote” está em fase embrionária, alguns dos seus efeitos começaram a fazer-se sentir…mas ainda longe do enorme “sufoco” a que nos estamos a candidatar - se não invertermos o tipo de opções económico-políticas que tem sido privilegiado e que o discurso oficial não deixa quaisquer dúvidas que vai continuar!

6. Resta acrescentar que esta passagem do discurso presidencial terá sido das menos comentadas...pudera!
publicado por poleao às 18:36

Outubro 05 2008

... para compensar as frequentes marteladas que tem dado na ferradura...
 

 O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, afirmou hoje que Portugal vive "tempos difíceis", registando "fracos índices de crescimento económico", realidade que disse não poder ser iludida pelos agentes políticos.

 

"O que é vivido pelos cidadãos não pode ser iludido pelos agentes políticos. Quando a realidade se impõe como uma evidência, não há forma de a contornar", declarou Cavaco Silva no discurso que proferiu nas comemorações da revolução republicana de 5 de Outubro, em Lisboa.

 

"Portugal tem registado fracos índices de crescimento económico. Afastámo-nos dos níveis de prosperidade e de bem-estar dos nossos parceiros europeus. Ainda não invertemos a insustentável tendência do endividamento externo", considerou.

 


 

publicado por poleao às 14:37

TÃO LONGE DO MUNDO E TÃO PERTO DE TUDO
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