PIRUÇAS

Dezembro 28 2007

 

 

Acabo de receber este texto, vindo de "sítio" amigo e sem indicação de autoria. Transcrevo-o e sublinho-o, porque com ele concordo inteiramente. É um retrato fiel daquilo que tem vindo a fazer, sempre com um ar de gozo, o cobrador de impostos campos.

"As reformas têm de ter sentido. As reformas devem ser feitas para dar sentido, para resolver situações, devem ser feitas em função das pessoas.

Dos ministros deste governo, o ministro da Saúde tem-se notabilizado por fazer reformas a granel.

O ministro da Saúde mudou os modelos de gestão hospitalar, generalizando o modelo “Empresa Pública”.

O ministro da Saúde fechou maternidades, urgências hospitalares, serviços de atendimento permanente, centros de saúde, aumentou os custos com as taxas moderadoras e alargou sua aplicação aos internamentos hospitalares e às intervenções cirúrgicas, como se também isto fosse um consumo por capricho do doente a necessitar moderação.

O ministro da Saúde aumentou os custos com os medicamentos, reduzindo as comparticipações e embaralhando o sistema com a panaceia dos genéricos.

O ministro da Saúde é responsável pela proliferação do trabalho precário na Saúde, sector nada compatível com esse regime laboral. São enfermeiros, médicos das diferentes especialidades revoltados contra a política da Saúde, escravizados pelo trabalho à peça, pelo trabalho precário.

O ministro da Saúde semeou ondas de indignação quando fechou urgências, maternidades, centros de saúde, trazendo para a rua manifestações de protesto e de resistência às pretensas reformas de um ministro mais preocupado com o défice do que com a saúde das pessoas. As reformas tornaram-se tão inadequadas que até autarcas do partido do governo, deixaram-se das partidarites dóceis e obedientes, também eles sentindo-se ultrajados, também eles vieram para a rua, à frente das populações indignadas."

publicado por poleao às 17:53

Dezembro 28 2007


Várias delegações da Direcção Geral de Viação em Lisboa esgotaram a capacidade de atendimento e cancelaram novas inscrições para o resto do dia de hoje.

Quem se deslocou à Loja do Cidadão, em Telheiras, encontrou um aviso a dizer que face ao número elevado de utentes não era possível o atendimento a mais pessoas.
O mesmo está a ocorrer na Direcção Geral de Viação. Para se tratar de assuntos relacionados com veículos, só na próxima quarta-feira. No caso da DGV próximo do Campo Pequeno, houve mesmo pessoas a dormir nos carros durante a noite para garantir atendimento nesta sexta-feira. De acordo com testemunhas no local, as pessoas que precisam mesmo de resolver assuntos neste serviço antes do final do ano, optaram por passar a noite à porta da DGV para garantir atendimento. Isto porque nos últimos dias tem havido uma grande adesão de público.

O atendimento na Direcção Geral de Viação. tem sido insuficiente devido ao processo de reestruturação/extinção mas a situação agravou-se nos últimos dias devido à entrada em vigor do imposto único de circulação, a 1 de Janeiro de 2008.

Por esclarecer estão ainda os casos de contribuintes que venderam uma viatura, em alguns casos, há já vários anos, mas os compradores mantiveram os registos de propriedade em nome do vendedor.

De acordo com a nova legislação, o vendedor, apesar de já não estar na posse da viatura, terá de pagar o Imposto Único de Circulação a partir de 1 de Janeiro de 2008.

Esta decisão é penalizadora para milhares de pessoas que, nos últimos anos venderam automóveis sem garantir a actualização dos documentos.

Fonte do ministério das Finanças garantiu ao SAPO a 19 de Dezembro que «essas situações constam de um diploma que aguarda promulgação» e salienta que «nenhum contribuinte será penalizado», remetendo a existência de mais pormenores para a data de entrada em vigor do referido diploma. Até hoje, mantém-se a incerteza.

 

E assim vai a "reestruturação", prometida pelo SIMPLEX . É este caos generalizado, por tudo quanto é sítio, que espera os portugueses no próximo ano. A destruição aí está, em pleno. Quanto tempo vai ser necessário para apanhar os cacos...?

publicado por poleao às 15:57

Dezembro 26 2007


O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, afirma, em entrevista, que os incidentes registados no Porto, no âmbito da operação policial «Noite Branca», foram uma «mediatização» de casos particulares e não traduz um real problema de criminalidade.

 

Então os crimes de morte, a que se reporta a sua "magistral" consideração ministerial,  não traduzem um real problema de criminalidade? É, mais uma vez, a maldita comunicação social a inventar estas "estórias"?

Bem! Perdi, definitivamente, a confiança neste cabo.

 

 

 

 

 


publicado por poleao às 18:23

Dezembro 23 2007
O excelente poema rural que segue recebi-o hoje, juntamente com os votos de BOAS FESTAS, do meu sempre brejeiro compadre alentejano.

 

EXPOSIÇÃO DOS LAVRADORES DO BAIXO ALENTEJO
A SUA EXCELÊNCIA 0 MINISTRO DA AGRICULTURA
Autor: João de Vasconcelos e Sá
Min . da Agricultura: Eng. Leovigildo Queimado Franco de Sousa



Porque julgamos digna de registo 
A nossa exposição, Senhor Ministro,
Erguemos até vós, humildemente,

Uma toada uníssona e plangente

Onde evitamos o menor deslize
E onde damos razão da nossa crise.

Senhor... Em vão esta província inteira
Desmoita , lavra e atalha a sementeira,
Suando até a fralda da camisa.
Falta a matéria orgânica precisa
Da terra, que é delgada e sempre fraca;
A matéria em questão chama-se CACA.

Se os membros desse ilustre ministério
Querem levar o nosso caso a sério
E é nobre o sentimento que os anima,
Mandem-nos cagar toda a gente em cima
Dos maninhos torrões de cada herdade,
E mijem-nos também, por caridade!

0 Senhor Doutor Oliveira Salazar
Quando tiver vontade de cagar
Venha até nós, solícito e calado,
Busque um terreno que estiver lavrado,
E como Presidente do Conselho
Queira espremer-se até ficar vermelho.

A Nação confiou-lhe os seus destinos;
Então comprima e aperte os intestinos,
E se escapar um traque não se importe;
Quem sabe se cheirá-lo dará sorte?
Quantos não porão suas esperanças
Num traque do Ministro das Finanças!


E quem vive tão aflito e sem recursos
Já não distingue os traques dos discursos;
Não precisa falar. Tenha a certeza
De que a maior fonte de riqueza
Desde os montados negros às courelas
Provém da merda que despejamos nelas.

Ah! Merda grossa! Merda fina! Merda boa
Das inúteis retretes de Lisboa!
Como é triste saber que todos vós
Andais cagando sem pensar em nós!
Se querem fomentar a agricultura
Mandem-nos muita gente com soltura


E nós daremos trigo em alta escala.
Também nos faz jeitinho a merda rala.
Terras alentejanas, terras nuas,
Desespero de arados e charruas,
Quem as tem, quem as compra, quem as herda,
Sente a paixão nostálgica da merda!...

E que todos os penicos portugueses
Durante pelo menos uns seis meses
Sob o montado ou sobre a terra campa
Continuamente nos despejem trampa,
Adubos de potássio, cal e azote.

 
Mandem-nos merda pura de bispote;

Não fazemos questão de qualidade;
Formas normais ou formas esquisitas,
Desde o cagalhão às caganitas,
Ou da negra poia à grande bosta,
Tudo quanto for merda a gente gosta.


publicado por poleao às 19:15

Dezembro 23 2007

Alijó: População protesta hoje contra encerramento do SAP



O hospital mais próximo, Vila Real, é a única opção dos habitantes de Alijó, para as emergências médicas que possam surgir durante a noite, mas este situa-se a quase meia centena de quilómetros da capital do concelho, que não dispõe de qualquer ambulância do INEM.

A população, na sua maioria idosos, conta apenas com uma ambulância dos bombeiros para se deslocarem à unidade hospitalar, a 43 minutos de distância.

O encerramento dos serviços nocturnos dos SAP acontece também em Murça, Peso da Régua e Vila Pouca de Aguiar, que, juntamente com o de Alijó, eram os únicos Serviços de Atendimento Permanente do distrito que, até agora, ainda funcionavam 24 horas por dia.

 

Aqui estão as BOAS FESTAS do insensível cobrador de impostos campos

publicado por poleao às 16:41

Dezembro 23 2007

 

 

Para quem já viveu muito tempo, como eu (tempo demais, talvez), o tempo de hoje aí vai, a galope, como sempre nesta época do ano, a caminho de outro ano, de outro tempo -sabe-se lá, se a caminho de um ano melhor e de um tempo mais ameno do que este, já perto da meta final.

Se não for tempo demais o tempo que já vivi, oxalá que o tempo que aí vem, cantado por este cuco, seja um  tempo bem cantado.

publicado por poleao às 15:17

Dezembro 14 2007

 

O texto é longo, mas vale a pena copiá-lo todo. O senhor IGai tomou a árvore pela floresta e a todos os elementos da GNR e da PSP ofendeu, por igual. Filhos que também são de boa gente, sentiram-se -o que só enaltece a sua dignidade.

 

 

"PSP: 200 agentes da DIC Porto admitem deixar investigação

Cerca de 200 dos 300 agentes da Divisão de Investigação Criminal (DIC) da PSP do Porto enviaram um abaixo-asssinado ao director nacional da corporação exigindo a clarificação das suas funções.
No documento, a que a Lusa teve hoje acesso, os investigadores do DIC/Porto manifestam a disposição de deixar as funções de investigação e transitar para o corpo territorial da corporação «caso a resposta não os satisfaça».
«Torna-se imperioso clarificar como é que funciona a investigação criminal na PSP e, acima de tudo, se os subscritores reúnem condições para continuar a exercer a actividade de investigação criminal ou deverão ser integrados no dispositivo criminal», refere o abaixo-assinado.
O documento, de três páginas, surgiu na sequência de declarações ao Expresso do inspector-geral da Administração Interna, António Clemente Lima, que afirmou haver «incompetência a mais na polícia» e «muita cowboyada de filme na mentalidade de alguns polícias».

Os investigadores criminais da PSP interpretaram essas afirmações como uma crítica directa, considerando que se trata de «acusações graves, que ofendem os signatários [do abaixo-assinado] muito para além da sua condição de profissionais de polícia».

«É a sua honra e a sua dignidade que são questionadas», afirmam. 

A fonte realçou também a «importância» das DIC no quadro da investigação criminal portuguesa pois lida como 85 por cento dos casos, apesar de os crimes mais violentos estarem na alçada da Polícia Judiciária.

Diário Digital / Lusa

14-12-2007 15:31:00

publicado por poleao às 18:17

Dezembro 13 2007
Na próxima aula do estágio de reciclagem cultural que ando, agora, a frequentar ( à conta do simplex e da mobilidade!), vou levar, para apreciação do mestre, o seguinte trabalho de casa:

 

REDAÇÃO

As lindas meninas letras, fartas de serem apenas 23, acabam de adotar mais 3. Agora -creem elas- são melhores, porque são mais. Por mim, que me estou nas tintas para a quantidade, não abençoo lá muito bem esta alteração imposta pela direção , até porque se trata de um ato extraescolar da maior relevância e pertinácia. A este batismo de água pouco benta vai, certamente, suceder um tempo cultural muito úmido , tanto para os que escrevam, como para os que  leem .

                 Oeiras, 13 de Dezembro de 2007

 

Espero  apanhar boa nota, do mestre. Mas não digo nada disto ao meu tio Anacleto, para não correr o risco de ele me mandar.. àquela parte.

publicado por poleao às 17:25

Dezembro 12 2007

 

 

Estas são a capa e a contracapa de OS MEUS CONTOS, da autoria do Coronel Reformado da GNR  José de Almeida Coelho, falecido em 26 de Janeiro deste ano. Uma edição em boa hora assumida pela Revista da Guarda Nacional Republicana, onde o Zé Coelho deixou, em primeira mão, os seus contos. O Coronel Coelho ingressou na Guarda em Outubro de 1962, passando à situação de reforma em 11 de Dezembro de 1995. Mais de 30 anos a servir, devotadamente e honradamente, a GNR, em todos os patamares de comando. Desempenhava as funções de Chefe da 1ª Repartição do Comando Geral quando, pela idade, foi obrigado a passar à reforma.

Numa breve introdução aos Contos, escreve Alexandra Coelho, sua filha:

"Do meu pai herdei o sentido de responsabilidade, a organização, o respeito e a disciplina. Valores que já não encontro.

A independência, o querer mais, a capacidade de dar a volta e a habilidade de brincar mesmo com lágrimas nos olhos. Características que fazem de mim aquilo que eu sou.

Nós, eu, o meu irmão e minha mãe, privámos de perto com valores militares que vão estar sempre presentes nas nossa vidas, pois somos testemunhas da paixão incondicional que o meu pai dedicou à sua carreira e da entrega total "aos seus homens".

Todos estes valores vão me acompanhar pela vida fora, assim como a saudade do militar, do homem, do companheiro, do amigo, do meu PAI."

Ao trazer aqui a memória de um grande militar da GNR, igual a milhares de outros, espalhados de norte a sul de Portugal, mais me sinto ofendido com o que recentemente disse, publicamente, sobre  os homens da Guarda, o senhor Inspector Geral da Administração Interna. Não o terá feito, certamente, por maldade. Mas a verdade é que disse o que disse e o que disse ofendeu a esmagadora maioria os Zés Coelhos que servem hoje e serviram ontem a Guarda e o País.

Bem haja, Zé Coelho, pelo exemplo que deixaste -aos teus e a nós todos.

publicado por poleao às 18:22

Dezembro 10 2007

 

 

De todos os galos que passaram, nos últimos anos, pelo poleiro das polícias, o cabo pereira é, sem dúvida nenhuma, o pior de todos. Pouco, ou nada, sabe do ofício e, para piorar as coisas, cada vez que fala não acerta uma. Um autêntico desastre. Se, num dia, afirma que a criminalidade violenta está a diminuir, logo na noite seguinte se ergue contra ele mais um crime de morte. Se diz que a sinistralidade rodoviária está a "diminuir", no dia imediato o maldito INE vem garantir o contrário. Isto é: parece que o cabo pereira dá mau agoiro ao poleiro. Por isso, há já quem diga que o chefe, corajoso como diz ser, não deve esperar mais tempo para passar a devida guia de marcha a este galo.

publicado por poleao às 22:32

TÃO LONGE DO MUNDO E TÃO PERTO DE TUDO
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