PIRUÇAS

Setembro 30 2005

O meu relacionamento, visual e auditivo, nas tvs, com o actual ministro da saúde, foi sempre um "desamor" à primeira vista. As suas falinhas mansas, sistematicamente num tom trocista quando fala com outras pessoas que não pensam pela sua cabeça, o seu ar de dono do mundo e da verdade, de desprezo pelos "outros", caracterizam este homem como o menos preparado de todos para ser governante num regime democrático, onde as opiniões de todos devem ser minimamente respeitadas.


Este "desamor" não é de agora. Vem já do tempo da outra "senhora", isto é, do outro engenheiro, o dos "pântanos". Já nesse tempo o ministro Campos, também com a mesma "pasta" na mão, espalhava conflitualidade e alergias no seu relacionamento com os "outros".


 Há dias, no "encomendado" (e, por isso, nada independente) programa Prós e Contras da RTP, sobre a nossa "saúde", o sr Campos voltou a ser ele mesmo, comportando-se, mais uma vez, como uma pessoa insolente, grosseira, soberba, incapaz de um diálogo sério com os seus interlocutores, nomeadamente com o representante das farmácias. Não está em causa, naturalmente, a sua competência académica e a sua honorabilidade. Apenas e só o seu modo reprovável de lidar com as pessoas, quando estas defendem pontos de vista diferentes dos seus, e o seu ar de superioridade, longínquo da "ralé" que o rodeia. Um homem assim, indiferente aos rumores da sociedade, nunca pode ser, do meu ponto de vista, um bom governante e, muito menos, "ministro da saúde".

publicado por poleao às 11:21

Setembro 30 2005
O que falta acontecer mais, sr Dias da Cunha, para apontar a porta de saída ao treinador(?) da equipa de futebol, sr Peseiro, depois da derrota de hoje, em Alvalade, frente ao modesto Halmstad, da Suécia, em jogo a contar para a Taça UEFA -torneio cuja final o Sporting disputou o ano passado e do qual sai este ano, logo na primeira rodada???
publicado por poleao às 00:04

Setembro 28 2005

 


 



"Artur Portela renuncia a cargo na AACS em protesto
O membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social (AACS), Artur Portela, renunciou esta quarta-feira ao cargo em protesto contra a alegada pressão do Governo para alteração da renovação das licenças de televisão.

( 15:54 / 28 de Setembro 05 )


Artur Portela explicou à agência Lusa que o ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, reuniu com o presidente da Alta Autoridade para a Comunicação SOcial para tratar «de aspectos da calendarização e da metodologia dos processos» de renovação das licenças da SIC e da TVI.

«O acto de um membro do Governo que convida o presidente de um órgão regulador - que é independente - para lhe dizer que as coisas devem ser feitas de certa forma e num determinado prazo, tem uma carga política», justificou."


 


Afinal, temos, ou não, uma cervejola "à pressão", senhor ministro?

publicado por poleao às 17:28

Setembro 27 2005

Há uns anitos atrás, era muito utilizado, pelo menos na minha terra, um sabão muito eficaz, nas limpezas caseiras, chamado "sabão macaco". Era barato e não havia sujidade que resistisse ao seu poder devastador.


Ou porque a sujidade não fosse, nesses tempos, muita, ou porque tivesse uma qualidade excelente, a verdade é que o "sabão macaco" limpava tudo e durava que se fartava.


Hoje, com a porcaria que vai por aí, nem uma carrada diária de "sabões macaco" chegaria para deixar tudo "mais ou menos". Nem com a ajuda das lavadeiras de Caneças!

publicado por poleao às 18:06

Setembro 25 2005

Restaurante Lusitano


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CALENDÁRIO DE GREVES

FUNCIONÁRIOS JUDICIAIS

O Sindicato dos Funcionários Judiciais convocou uma greve – a segunda este ano - para 29 e 30 de Setembro e 3 e 4 de Outubro.

MAGISTRADOS JUDICIAIS

O Conselho Geral da Associação dos Juízes Portugueses agendou ontem dois dias de paralisação: 26 e 27 de Outubro.

PROCURADORES DO MP

O presidente do sindicato, António Cluny, vai propor terça-feira que os procuradores parem os tribunais a 25 e 26 de Outubro.

INSPECTORES DO SEF

O sindicato do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras marcou uma greve - 12, 13 e 14 de Outubro – e uma manifestação.

POLÍCIA JUDICIÁRIA

Os auxiliares e administrativos da Polícia Judiciária agendaram uma paralisação de três dias: 28, 29 e 30 de Setembro.

ENFERMEIROS

Também na Saúde se faz sentir a contestação ao Governo. Os enfermeiros vão paralisar a 13 e 14 de Outubro
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publicado por poleao às 07:56

Setembro 22 2005

Muitos políticos nacionais (para não dizer a maioria), quando chegam ao "poder", manifestam, por via de regra, uma acentuada falta de tacto no relacionamento com as Forças Armadas e no tratamento das questões que lhes dizem respeito, limitando-se a ouvir, quando necessário, os chefes militares dos "ramos", escolhidos , afinal, por eles. Muito embora existam várias associações de militares, nos três ramos e fora deles, as decisões políticas assentam sempre nos pareceres daqueles chefes e estes, frequentemente, não ouvem, ou não levam em linha de conta, as opiniões dos dirigentes daquelas associações. Toda esta engrenagem funciona e se fundamenta nestes dois princípios, muito caros aos políticos: a disciplina militar e o respeito, efectivamente sagrado para os militares, pela hierarquia. Cientes de que estes pilares nunca ruirão, mesmo nos casos em que sejam profundamente afectados, por decisões meramente políticas, os direitos e interesses dos militares,  os detentores do poder político sentem-se com a mão livre para governar segundo a sua linha, particularmente nos tempos em que aqueles chefes militares, por isto, ou por aquilo, são demasiadamente submissos aos ministros.


Parece-me haver aqui, da parte dos políticos, um enormíssimo equivoco, qual seja o de confundir disciplina e hierarquia com obediência cega, irracional e perversa. E os militares, deve dizer-se, para além defensores intransigentes da disciplina e da hierarquia, são pessoas como as outras, com personalidade própria, inteligentes como os demais, cultos e sábios como muitos outros, e sensíveis, particularmente, aos atropelos e injustiças que os atijam. E se não tiverem, na linha da hierarquia, quem os defenda, só lhes resta, obviamente, sempre no respeito pelas leis, manifestar, por outra vias, a sua insatisfação. Tenho acompanhado, com muita atenção, os últimos acontecimentos nesta área e considero que tem sido este, de uma forma geral, o comportamento dos militares.

publicado por poleao às 22:52

Setembro 21 2005

Aqui, na tranquilidade do PIRUÇAS, onde vou rascunhando as imagens e os sons do mundo que me rodeia, vendo e escutando as coisas e as pessoas que enchem a vida, vou redigindo, com as palavras que tenho, as conclusões a que chego, de tudo o que vi e ouvi. Há dias em que não chegam todas as horas para registar tudo o que acontece, pelo mundo fora. É um ecrã muito grande, gigante, onde não sossegam os acontecimentos, onde se agitam cores indistintas e onde se ouvem sons dos mais diversos matizes, densidades e origens.


Hoje foi, certamente, um desses dias. A TV esteve sempre ligada, à espreita do novo facto -já esperado-, da nova doutrina, do novo comentário. Os instrumentos foram (e são ainda, a esta hora) variados e era preciso, (para, no final, fazer as conclusões), registar tudo, ouvir tudo.


Umas vezes me divirto, outras profundamente me entristeço, neste exercício pitoresco: olhando o mundo, ouvindo o mundo, vendo o meu país resvalando, encosta abaixo, quem sabe se para um pecipício. Foi a política foragida que regressou a casa, como uma heroína; foi a conversa fiada, mas muito bem paga, na Assembleia da República; foi a Manif das mulheres dos militares; foi a reunião dos militares, no mercado da Ribeira. O dia todo nisto: com foruns pelo meio, interpretações para todos os gostos, "directos" das TVs e das Rádios, intervenções avulsas de populares, dando as suas dicas. Numa delas, a reporter de serviço teve um azar dos diabos: era espectável que o seu interlocutor falasse "assim", de acordo com as circunstâncias, mas o homem falou "assado", em desacordo com as ditas. O pessoal é que não gostou da avaria do seu falatório -nada de acordo com o acto que decorria- e se não fossem os guardas, ali presentes, retirá-lo da arena, o atrevido tinha mesmo levado um valente ensaio de porrada. E a pobre da reporter deve ter dito para os seus botões: há dias em a gente não deve sair de casa.


 Resumindo: foi um dia em cheio.

publicado por poleao às 23:07

Setembro 21 2005

Nem sempre quem fala mais alto tem razão. Às vezes, é mesmo o contrário.


Aos gritos, niguém lhe bate o pé. O homem julga que ainda está em campanha elitoral, em comícios de rua, ou eventos do género, e, então, vá de ligar o som no ponto mais forte, na vã convicção de que, falando bem alto, será apontado e escolhido como o melhor de todos. Mas a campanha eleitoral terminou já, senhor PM, há muito tempo. Baixe o seu som, fale como uma pessoa normal, porque as eleições estão ganhas e os nossos sentidos começam a ficar fartos de o ouvir sempre numa oitava acima.


 Falo por mim, naturalmente: sempre que o vejo aparecer nas TVs, preparado para falar, mudo logo de estação. Malucos por malucos, antes os malucos do riso, ou os batanetes. Safa!!!

publicado por poleao às 22:00

Setembro 19 2005

O Sporting acaba,de perder, com toda a naturalidade, com o Nacional da Madeira, em jogo disputado na Choupana, por 2-1. Pele amostra junta, dificilmente ganhará algum jogo fora de Alvalade.


Como diria o saudoso Jorge Perestrelo, assim, sr peseiro, a jogar para trás e para o lado, "nem que o jacaré tussa".

publicado por poleao às 23:34

Setembro 19 2005

Mão amiga fez-me chegar um texto muito interessante e, sobretudo, muito esclarecedor, sobre a mais recente carrilhada. Com  a devida vénia ao autor, transcrevo a parte mais significativa desse texto:


"...


"Quem não se sente não é filho de boa gente", diz o Dr. Carrilho de si mesmo, procurando causa de exculpação. Subentendido está que ele é filho de boa gente.
Ainda bem que assim é, e estou em crer que é mesmo verdade, apesar de não ter conhecido os pais do declarante. Porém, recordo-me que em Viseu era geral o apreço e a consideração pelo pai dele. Já depois do falecimento houve até uma iniciativa para o homenagear, a que aderiu toda a cidade, sem distinção de cores políticas.
E os organizadores convidaram o filho do homenageado, que não só se recusou a colaborar e a estar presente como até disse porquê.
Nessa altura, ninguém tinha tido a mesquinhez de dizer que não alinhava na homenagem por razões de posicionamento político; teve-a o distinto filósofo, que aproveitou o convite para expressar o seu repúdio por tudo o que pudesse redundar em proveito (julgo que mesmo apenas moral) da horrenda direita.
Dessa vez perdeu uma excelente ocasião para dizer ou escrever que o pai tinha sido "boa gente" - como aliás pensavam todos os que o homenagearam, e que ficaram com a impressão que o filho é que assim não pensava."

publicado por poleao às 11:23

TÃO LONGE DO MUNDO E TÃO PERTO DE TUDO
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